Prefeitura anuncia Plano Cicloviário com novas conexões e reformas nas ciclovias e ciclofaixas da cidade

Até 2020 serão construídos 173 quilômetros de conexões à malha existente e aos demais modais de transportes. Outros 310 quilômetros passarão por reformas

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), anuncia nesta quinta-feira, 12, o novo Plano Cicloviário da cidade de São Paulo. Serão 173 quilômetros de novas conexões (integração da malha) e 310 quilômetros de reformas e melhorias em estruturas já existentes. Com o Plano, a malha cicloviária da cidade se tornará mais segura, de melhor qualidade e focada em mobilidade, além de ter menor custo com sinalização. O projeto também prevê 12 quilômetros de remanejamentos, considerando as particularidades do viário, a segurança dos usuários e a fluidez no trânsito. Nenhum quilômetro será retirado.

O investimento no Plano Cicloviário será de R$ 325 milhões e virá acompanhado de um projeto de recapeamento de R$ 250 milhões. No total, a cidade passará dos atuais 503 quilômetros para 676 quilômetros em 2020, sendo que 73% dessas estruturas se interligarão ao transporte coletivo.

O Plano foi construído por meio de ampla participação da população. Foram realizadas 10 audiências públicas, seguindo o previsto na Lei 16.885/2018, que cria o Sistema Cicloviário do Município de São Paulo, e 10 oficinas participativas organizadas pela CET e pela Câmara Temática de Bicicleta (CTB).

As ciclovias são caracterizadas pela pista de uso exclusivo de ciclos, com segregação física do tráfego. As ciclofaixas também são de uso exclusivo de ciclos, mas estão no mesmo nível dos automóveis e contam com segregação visual do tráfego. Desde que foram implantadas, as ciclofaixas e ciclovias reduziram em 61% o número de óbitos de ciclistas na cidade.

Novas conexões
A definição das novas conexões foi feita após uma análise técnica com o objetivo de ligar diferentes modais, permitindo que o início e o fim de um deslocamento sejam realizados por bicicleta. Também foram preservadas a capacidade de fluxo da via e a quantidade de pistas ocupadas por automóveis.

A ciclovia da Radial Leste, por exemplo, que hoje liga o Metrô Itaquera ao Metrô Tatuapé, ganhará 5,7 quilômetros de conexão passando a chegar até o Pq. Dom Pedro II. Já na zona Oeste serão construídas estruturas cicloviárias na Av. Henrique Schaumann e na Av. Rebouças conectando a malha existente até a Av. Sumaré, Av. Paulista e Av. Faria Lima, chegando até a Av. Berrini.

As novas conexões vão permitir que a população passe a acessar de forma mais fácil terminais de ônibus, trens, metrô, bibliotecas, escolas, parques e postos de saúde.

Reformas e melhorias
Um total de 71 km de ciclofaixas e ciclovias já receberam serviços de fresa e recape. Destes, 27,4 km também já receberam sinalização e foram entregues como as ciclofaixas Artur de Azevedo, Corifeu de Azevedo Marques e George Corbisier. Para a escolha desses endereços foram levados em conta itens como riscos ao ciclista, falta de sinalização em cruzamentos, degradação do pavimento e volume de utilização.

O modelo antigo contemplava sinalização do solo com tinta comum, aplicação de tachão a cada dois metros e obras apenas em ciclovias. Já o modelo adotado pelo Plano Cicloviário traz mais segurança e qualidade para os usuários com sinalização com tinta antiderrapante, aplicação de tachão a cada metro, manutenção de guias e sarjetas, manutenção de drenagem, reconstrução de canteiro, fresa e recapeamento. O valor médio corrigido do gasto com sinalização no modelo anterior foi de R$ 222 mil por quilômetro, enquanto no atual será de R$ 140 mil.

“Com essas grandes obras e melhor sinalização, as ciclofaixas e ciclovias terão mais durabilidade, além de proporcionar mais segurança e conforto aos ciclistas. Queremos trazer a população cada vez mais para a mobilidade ativa e as novas conexões também foram pensadas nesse sentido, levando os usuários aos pontos de interesse da cidade”, afirma o secretário de Mobilidade e Transportes, Edson Caram. Também será criada uma estrutura em equipamentos públicos da cidade, para que os ciclistas tenham onde deixar suas bicicletas. Nos próximos dias, o prefeito assina decreto para instalação de 1.000 pontos de paraciclos.

Remanejamento – Nenhum quilômetro a menos
O Plano Cicloviário prevê o remanejamento de 12 quilômetros de ciclofaixas e ciclovias. Todo quilômetro retirado, no entanto, será compensado. Para as estruturas remanejadas avaliou-se a falta de integração com outros modais de transporte, equipamentos públicos e a própria malha já existente, além do uso indevido pela baixa utilização como carros estacionados e comércio ilegal.

Um exemplo é a Rua Professor Gustavo Pires de Andrade, na Zona Leste. Atualmente sem ligação adequada com a rede existente, a estrutura desta via será excluída e serão construídas conexões na malha cicloviária nas avenidas Professor Luís Inácio de Anhaia Mello e Dr. Francisco Mesquita, chegando até o Terminal Sacomã.

A lista das obras já concluídas, previstas e em andamento pode ser acompanhada no site da CET, no endereço www.cetsp.com.br.

Movimento pela Vida Segura no Trânsito
A Prefeitura de São Paulo está promovendo um movimento de conscientização sobre segurança viária, com o objetivo de mobilizar e engajar a população nos esforços para a redução do número de mortes e acidentes no trânsito. Ao longo de 2018, a capital paulista registrou 849 vítimas fatais no trânsito.

A ação, que envolve a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), a Secretaria do Governo Municipal (SGM) e a Secretaria Especial de Comunicação (Secom), tem como mensagem principal o slogan “Hoje Não. Movimento pela Vida Segura no Trânsito”, baseada no Plano de Segurança Viária – Vida Segura.

Conheça todas as fases e ações do Movimento em no site da SMT.

Confira abaixo a apresentação em slides do Plano Cicloviário:


Plano Cicloviário do Município de São Paulo 

 


Assessoria de Imprensa - SMT