Novas galerias para os córregos Água Preta e Sumaré: começa a construção de acesso à embocadura do rio Tietê

Acesso ao rio será feito por uma escada que está sendo construída sob a Ponte Julio de Mesquita Neto

Começaram esta semana as obras das galerias e túneis dos córregos Água Preta e Sumaré, na zona oeste da cidade, a céu aberto.

Outra obra importante  também iniciada é a construção do acesso das galerias à embocadura do rio Tietê.

As galerias se conectarão próximo aos trilhos da CPTM e seguirão até o rio Tietê, onde já foi autorizado o início da execução do projeto da embocadura do rio. Uma equipe trabalha na fase inicial do projeto que é a construção de um acesso, uma escada, feita na Ponte Júlio de Mesquita Neto, que conduzirá os trabalhadores até as margens do rio Tietê. “Vamos iniciar uma investigação do terreno e, em breve, fazer a estaca de raiz, uma estaca concretada “in loco”, com 13 metros de profundidade para reforçar a escavação”, explicou o engenheiro responsável pela obra, Chen Cheng Tung, da SPObras.
 

Escada montada sob a Ponte Julio de Mesquita Neto que dará acesso ao Rio Tietê

 Em seguida, após a liberação do Departamento de Águas e Energia Elétrica, DAEE, que deve ocorrer após a época de chuvas, será executada a embocadura propriamente dita.

Essa obra não é simples. Vai requerer a interrupção do leito do rio, como explica Chen Cheng Tung. “A embocadura das galerias deve ficar abaixo do nível do rio, que tem cerca de quatro metros e, para isso, precisaremos fazer um desvio, uma barragem provisória no curso do rio para que seja feita uma plataforma de trabalho”, destacou o engenheiro.

Os túneis que seguem sentido Marginal já alcançaram 30 metros de extensão. Um deles está sob a calçada da Marginal Tietê, e o outro já atingiu a primeira faixa de rolamento da Marginal. Estes túneis estão recebendo um reforço de CCPH(*) ainda maior que os demais. No trecho atual ele recebe 35 CCPH horizontais, reforçando a estrutura antes de continuar a escavação. “É uma área que precisa de muita atenção porque há muita vibração na avenida, devido ao grande fluxo de veículos pesados”, explicou o engenheiro.

 

Escavação das galerias a céu aberto no terreno atrás da quadra da escola de samba Mancha Verde

 

Deste ponto, indo no sentido da avenida Francisco Matarazzo, seguem 230 metros de galerias paralelas já assentadas e mais 30 metros de extensão já escavada, beirando o desvio feito no terreno da CET, para quem acessa a Av. Nicolas Boer, vindo da Marginal Tietê. “Nos próximos dias já devemos aterrar tudo, completando 260 metros de galeria a céu aberto e pavimentando a via normal para que possamos avançar sob o desvio, chegando aos túneis da CET”, destacou Tung.

Ao lado do terreno da CET os túneis estão com 60 e 50 metros de extensão.

Na Av. Marquês de São Vicente, próximo ponto de conexão, os túneis estão com 20 e 27 metros. No terreno da Tecnisa, a galeria a céu aberto já completou 325 metros de extensão escavada e 290 metros já estão aterrados.
 

Poço de escavação próximo à Marginal Tietê

 

Na galeria do córrego Sumaré, as obras avançam com a construção do túnel da Rua Padre Antonio Tomaz, sentido Av. Francisco Matarazzo, com 14 metros de extensão e no sentido da Av. Antártica, com 22 metros.

No início de dezembro, uma missão africana composta por engenheiros e representantes de Moçambique e Zâmbia conhecerá o projeto de macrodrenagem das galerias Água Preta e Sumaré. Será uma troca de experiências entre os engenheiros envolvidos na obra e as equipes africanas.
 

325 metros de galerias a céu aberto ja foram escavados no terreno da Tecnisa

(*) CCPH e enfilagens horizontais: o tratamento do CCPH ocorre com cimento e água. São aplicados com alta pressão para criar uma espécie de “lage”, onde posteriormente será escavado o túnel. A enfilagem horizontal é reforço erguido ao redor do túnel para que ele possa avançar.

 

Assessoria de Comunicação

25/11/2014 - SPObras