Rígido X Flexível - SPObras realiza mesa-redonda para encontrar solução para a junção do pavimento rígido com o flexível

A implantação de corredores exclusivos para ônibus tem resultado em maior velocidade, conforto e segurança para a mobilidade urbana. Uma das metas de maior relevância da Prefeitura de São Paulo, a SPObras, responsável pela construção desse novo sistema viário, já alcançou a marca de 50 km de faixas, dos 150 km projetados pela administração pública. Como é fácil constatar, desde 2013 a cidade foi literalmente transformada em um canteiro de obras.

O pavimento rígido (de concreto) é opção para um melhor desempenho, tanto no que se refere à conservação dos veículos quanto ao viário, além de proporcionar maior economia, especialmente para os custos de manutenção das pistas. Para debater métodos, formas de construção que possam minimizar o desgaste que ocorre na transição do pavimento flexível para o rígido - que ao longo do tempo pode sofrer fissuras e desgastes causados por alguns fatores, em especial pela penetração da água -, o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Projetos , Ricardo Pereira, promoveu encontro com engenheiros de SPObras e profissionais de outras empresas.

“A ideia é trocarmos experiência e informações técnicas sobre o assunto, que muito nos interessa. Hoje, já temos uma cultura na cidade em que o pavimento rígido tem um bom comportamento. Como estamos  com 120 quilômetros de corredores de ônibus com pavimento rígido, esta questão nos interessa de perto”, disse ele.

Participaram da reunião Fernando Simone, Jorge Cecin, Nanci Braulio e Agenor Mendonça por SPObras, e também Paulo Fernando (Concremat), Taís Sachet e Débora Targas (Lenc Engenharia), Dirce Balzan (Siurb) e Leônidas Alvarez ( JBA Engenharia).

 

Durante a reunião houve grande troca de experiências entre os técnicos de SPObras e de outras empresas

Foram debatidas formas de cuidar da fundação do pavimento - que muitas vezes provocam buracos e acarretam outros problemas de manutenção -, dificuldades para composição entre solo mole e pavimento rígido, cura química, cura úmida, tempo de execução e liberação para o tráfego, entre outros aspectos técnicos.

Paulo Fernando (Concremat) comentou experiências realizadas no Brasil, comparou-as com métodos em outros países; Débora Targas (Lenc Engenharia), expert no assunto, relatou casos e resultados de sua própria experiência profissional trabalhando com pavimento rígido e ilustrou o debate exemplificando o trabalho no Corredor José Diniz, na zona sul.

O debate durou quase uma hora. O problema abordado foi a infiltração da água entre os dois pavimentos, o de concreto e o flexível – asfalto. Foram abordados temas como a durabilidade do pavimento rígido – que no Brasil é muito inferior ao verificado na Europa e Estados Unidos – solução sobre a junção da camada de subsolo com o pavimento rígido e a eliminação do espaço entre os pavimentos rígido e flexível.

Segundo Ricardo Pereira, essa é uma solução a ser perseguida, já que não existe hoje uma técnica que resolva o problema da infiltração de forma definitiva. “Sempre estamos abertos a novas propostas e experiências”, disse ele. “Dessa forma, em dado momento, encontraremos a melhor solução para nós”, completou.
 

Foram debatidas idéias para superar problemas como a infiltração de água entre os dois pavimentos

 

Assessoria de Comunicação

03/12/2014 - SPObras