Com o tema “Drenagem” Oficina Temática prende a atenção de todos

Neste período de crise hídrica, que marca uma tomada de consciência da população em relação ao uso dos recursos disponíveis, o programa de Oficinas Temáticas de SPObras não poderia escolher tema mais oportuno para sua segunda edição do ano: drenagem. A disciplina faz parte do Módulo 4, Modernas Técnicas de Implantação de Estruturas, Vias e Pavimentação. No lado oposto ao da mídia - de onde a chuva de notícias está focada nas desastrosas consequências do problema – os palestrantes não desperdiçaram a chance de mostrar ao público a natureza, o histórico e, sobretudo, as técnicas que Prefeitura e Estado vêm criando e aperfeiçoando para enfrentar o problema da escassez de água e das enchentes.

Além dos funcionários da SPObras o evento contou também com a participação de várias secretarias

 

 Engenheiro especializado na área de saúde pública, com longo currículo e experiência junto ao poder público, Renato Mattos Zuccollo, consultor da empresa Arcadis Logos, abordou a “Visão Geral dos Empreendimentos”. Pôs em primeiro plano a importância da educação ambiental. Por meio de fotos, algumas delas pitorescas e com forte teor documental, Zuccollo mostrou como as enchentes são um problema antigo: “Nesta cidade, estamos sempre brigando com a Natureza; e sempre perdemos”. Ficou evidente a necessidade de se educar para saber conviver com o regime hídrico do planalto onde se fundou e se fez São Paulo. Sua fala foi recheada de casos, realçando os papéis e, em alguns casos, desencontros entre as visões da política e dos técnicos.

Renato Mattos Zuccolo - Arcadis Logos

 

Luiz Fernando Orsini Yazaki, engenheiro pós-graduado da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica da USP falou sobre o Plano de Manejo de Águas Pluviais de São Paulo. Com um tom eminentemente técnico, deu o cenário mais moderno do que se faz tanto nas áreas de drenagem como nas ideias e técnicas para retenção da água, ilustrando com exemplos na Europa, Japão, EUA e Brasil. Analisando edificações projetadas para áreas inundáveis, frisou: “Não são necessárias as grandes obras, sempre muito caras e que não resolvem o problema”. Pedro Algodoal, superintendente de Projetos Viários de SIURB, explicou a evolução dos projetos de drenagem. “O que acontecia com as obras antigas era simplesmente a transferência do problema para outro lugar”, ironizou. Elucidou nossa curiosidade sobre a engenharia ao mostrar o passo a passo dos projetos, explicou seu detalhamento, sua lógica e a evolução das técnicas. Como exemplo, a solução adotada para as enchentes que vitimaram o Jardim Romano, hoje controladas.

Luiz Fernando Orsini - Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica FCTH-USP

 

Para fechar o quadro, Hassan Barakat, gerente do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura. Como a fala de Zuccollo, o engenheiro também chamou atenção para a educação. Quando expõe a imagem do mapa hidrográfico, da área onde está a cidade, não deixa dúvidas quanto à força do regime hídrico, quanto à grande quantidade de rios, ribeirões e córregos existentes, muitos deles “sufocados” pela impermeabilização. Por meio do Projeto Chuvas de Verão, pudemos conhecer melhor o trabalho do CGE. “São 1.216 km de rios e córregos, conhecidos. São cerca de 1500 ocorrências de alagamentos nas chuvas intensas. Com todos esses problemas, São Paulo, hoje, possui a melhor tecnologia meteorológica para lidar com essas mudanças. Mas temos que saber conviver com essa Natureza”.

Hassan Mohamad Barakat - Centro de Gerenciamento de Emergência

 

Ricardo Pereira encerrou o encontro agradecendo a forte participação do público, formado por técnicos de diferentes instâncias da Prefeitura. 

Pedro Luiz de Castro Algodoal - Superintendente de Projetos Viários, SIURB

 

Apresentações:

 

Assessoria de Comunicação de SPObras

SP - 27/02/2015