Em plenária do CMPD, representantes da sociedade e especialistas discutem sobre a inclusão na Educação

Na plenária mensal organizada pelo Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, especialistas e representantes da sociedade debateram sobre a inclusão de alunos com deficiência na escola

“Numa sociedade inclusiva , que reconhece, respeita e responde às necessidades de todos os cidadãos, não cabe mais falarmos em educação para pessoas com deficiência. É um direito de todos, não só de terem acesso à escola, mas também a uma educação de qualidade”. A frase foi dita pela superintendente da Sorri Brasil, Carmen Bueno, na plenária do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD), realizada no sábado (06/04), e resume bem o tom das discussões que se seguiram durante todo o encontro na Câmara dos Vereadores de São Paulo.

Cerca de 200 pessoas participaram da plenária mensal do CMPD, que trouxe para a roda de discussões o tema da Educação Inclusiva. Além da representante da Sorri Brasil, palestraram a diretora de orientação educacional da Secretaria Municipal de Educação (SME), Silvana Drago, juntamente com uma equipe de profissionais que atuam no atendimento aos alunos; e a coordenadora do programa de pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Profª Dra. Maria Cristina Trigueiro Veloz Teixeira. A secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti, acompanhou toda a programação ao lado da presidente do CMPD, Sandra Reis. “Esse diálogo com a sociedade é fundamental para que avancemos ainda mais em ações que melhorem a permanência na escola e o desenvolvimento de alunos com deficiência”, destacou Marianne Pinotti.

Silvana Drago apresentou, em sua palestra, o programa Incluir, da SME, explicando o funcionamento dos 13 Centros de Formação e Acompanhamento à Inclusão (CEFAI), que desenvolvem ações de formação, produção de materiais e projetos para as 390 Salas de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (SAAI) em funcionamento na rede municipal. Núcleos multidisciplinares, formados por profissionais de psicologia, fonoaudiologia e assistência social, acompanham os alunos e os familiares juntamente com os CEFAI’s.

A Profª Dra. Maria Cristina Trigueiro Veloz Teixeira abordou o trabalho específico para a inclusão de alunos com transtornos do espectro do autismo. “Temos hoje instrumentos para diagnosticar precocemente o autismo. E isso é fundamental, pois quanto mais cedo esse diagnóstico for feito, melhor será o desenvolvimento da criança. É importante também que os professores sejam capacitados sobre os comportamentos de um aluno com autismo para que deem a atenção necessária. Nesses casos, é preciso dar instruções claras, simples e diretas para cada tarefa e usar comunicação alternativa, como de símbolos, que facilitam a compreensão para o aluno com autismo”, explicou.

Ao final do ciclo de palestras, foi aberto espaço para perguntas. Mães de alunos com deficiência e munícipes interessados no assunto tiveram a oportunidade de preencherem formulários com demandas e problemas ainda encontrados na rede municipal e encaminharem diretamente para a Secretaria de Educação, que se comprometeu em responder todas as solicitações.