Depois de 26 anos, brasileiros participam de Campeonato Mundial de Remo Adaptado

Graças à realização do 1º Seminário Nacional "Remar é Possível", organizado pela Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida em março deste ano, o Brasil participa de um dos mais importantes campeonatos da categoria com 11 atletas

Praticantes de remo adaptado - foto: CBR

Eton, Inglaterra, vai receber atletas com deficiência de todo o mundo para a realização do Mundial de Remo Adaptável, organizado pela FISA (Fédération Internacionale dês Sociétés d´Aviron), que acontece de 25 a 27 de agosto. O Brasil vai participar com uma delegação de 11 atletas de dois clubes nacionais: o Aldo Luz, de Santa Catarina e o Botafogo Futebol de Regatas, do Rio de Janeiro.


Os atletas - alguns com deficiência física ou visual, ou com prejuízo múltiplo e outros distúrbios - embarcam para a competição neste domingo, 20, no Aeroporto de Guarulhos. Para o Professor Celby Rodrigues Vieira, diretor da Confederação Brasileira de Remo e chefe da equipe, a participação brasileira só foi possível graças ao incentivo da Prefeitura de São Paulo que divulgou informações sobre essa modalidade paradesportiva. "Agradecemos à Secretaria da Pessoa com Deficiência a ida de nossos atletas para a Inglaterra. Se não tivesse ocorrido esse primeiro seminário nacional, duvido que estaríamos embarcando para essa competição", afirmou o professor.

Seminário Remar é Possível

Entre os dias 21 e 23 de março, a Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Prefeitura de São Paulo e a Confederação Brasileira de Remo realizaram, em São Paulo, uma conferência inédita no Brasil: o Primeiro Seminário de Remo Adaptado do país. O evento divulgou todas as informações sobre essa modalidade esportiva adaptada às pessoas com deficiência: suas elegibilidades, tipos de barcos, treinamentos esportivos e especializados, características das pessoas e suas potencialidades, regras e regulamentos do esporte.

Com o apoio do Comitê Paraolímpico Brasileiro, da FISA - e da Subprefeitura de Santana, o seminário foi realizado na sede da subprefeitura, que fica na avenida Tucuruvi, 80. Participaram professores e estudantes de educação física, fisioterapia, técnicos de remo e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Para a Secretária Mara Gabrilli, é importante que a pessoa com deficiência se movimente e que sempre faça uma atividade física. "Mesmo sem movimento do pescoço para baixo, eu procuro exercitar todos os meus músculos diariamente. Agora, quem sabe, também consigo um remo adaptado para poder realizar essa modalidade esportiva", afirma a Secretária.

O professor Celby Rodrigues Vieira, diretor da CBR, pioneiro nos esforços para oficializar o Remo Adaptado no Brasil e um dos convidados do seminário, falou da importância do evento e um pouco da história dessa modalidade: “o remo adaptado começou a ser trabalhado há 26 anos, no Rio de Janeiro, e hoje conta com uma confederação e um comitê nacionais”, afirmou Celby. O importante apoio da FISA (Fédération Internacionale dês Sociétés d´Aviron), também foi lembrado pelo professor: “a palestra do professor José Nunes [FISA], trouxe excelentes esclarecimentos, pois ele é o criador desta modalidade em nível mundial”, disse.

O seminário motivou o Comitê Paraolímpico Brasileiro e a Confederação Brasileira de Remo a assinarem, na solenidade de abertura, um documento de parceria que visa garantir, de forma inédita, a participação de atletas brasileiros nas Paraolimpíadas de Beijing 2008. A partir deste documento, fica garantida não só a participação brasileira em Beijing 2008, como também em todas as competições mundiais da modalidade.

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