Professora de Sala de Apoio à Inclusão e assistentes sociais compartilham suas experiências de ensino

Em visita pela região de Cidade Ademar, secretária Marianne Pinotti conhece ações da Casa Santa Lúcia e da EMEF Liliane Verzini Silva

 “Um trabalho de formiguinha”, assim definiu Vanusa Gomes de Castro sobre seu trabalho como coordenadora das atividades da Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (SAAI) da escola municipal de ensino fundamenta Liliane Verzini Silva, no Jardim Luso, em Cidade Ademar. Em conversa com a equipe da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, na manhã de segunda-feira, dia 8, ela acrescentou que cada pequeno avanço dado com seus 20 alunos é uma grande vitória, sentida inclusive pelas famílias das crianças.

Vanusa dividiu um pouco de suas experiências em uma das visitas realizadas pela secretária Marianne Pinotti, que aproveita as ações do projeto “Prefeitura no Bairro” para acompanhar de perto serviços e equipamentos municipais que atuam na inclusão de pessoas com deficiência.

Desta vez, os atendimentos itinerantes da "Prefeitura no Bairro" estão sendo realizados na zona sul da cidade, mais precisamente em Cidade Ademar. O espaço ao lado da UBS Parque Dorotéia (Estrada do Alvarenga, altura do nº 2827), em Pedreira, ganhou barracas e tendas de diversos serviços que levam conhecimento e informação à comunidade.

Nos próximos 15 dias, iniciativas de zeladoria e resoluções efetivas de problemas dos munícipes acontecem com ações de políticas públicas das várias áreas de governo, em um processo para fortalecer o trabalho integrado nas localidades.
Depois das celebrações de abertura no “Prefeitura no Bairro”, a secretária Marianne Pinotti conheceu o Centro para a Criança e Adolescentes Santa Lúcia, que trabalha em sistema conveniado à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e hoje atende 207 crianças em contraturno escolar, quatro destas com deficiência.

Viviane Monteiro, responsável pelo centro, apresentou a todos a pequena Maria Fernanda. Mesmo integrada aos colegas na hora do almoço, não se comunica diretamente pela fala. Segundo a coordenadora, é feita uma busca ativa de jovens e crianças com deficiência que vivem nas comunidades do entorno, mas nem sempre aqueles que são identificados como público alvo efetivamente chegam ao espaço de apoio, sendo um dos principais empecilhos para o atendimento de mais famílias.

“Temos o desafio de manter um diálogo constante com a comunidade”, ressaltou Vivi, como é chamada por todos. No encontro, as coordenadoras do sistema de Assistência Social, Viviane Rossetti e Silvia Salles, contaram um pouco dos desafios da região.

Ainda pela região, Marianne Pinotti conheceu então a escola que abriga a sala da professora Vanusa. Além de atender alunos da própria EMEF, ela também dá suporte para outras instituições de ensino do entorno. “Consigo ver algumas possibilidades para a sala de aula regular, mas que nem sempre dão certo porque aqui na SAAI são grupos pequenos e lá são 35 alunos, por exemplo”, contou.

Sobre uma de suas últimas atividades realizadas com os cinco grupos que atende, Vanusa tirou inspiração da curiosidade dos estudantes por parte dos insetos que habitavam o entorno da classe. Tatuzinhos de jardim, grilos, mosquitos e mariposas e até formigas viraram o mote para um projeto que começou com vídeos sobre a vida dos insetos, um livro ilustrado, passou por pesquisa de cada aluno em sua casa e virou um mural com desenhos de todos. 

“As vezes venho preparada com uma ideia toda pronta de casa, chego na sala e tenho que engavetar porque não fez sucesso naquele momento. Outras, sinto o que os alunos me trazem e este é o centro da educação inclusiva”, acrescentou a professora, acompanhada da coordenadora e do diretor José Marcelo Baroni.

Marianne Pinotti lembrou que hoje as ações de inclusão no sistema público de educação estão muito mais avançadas que no privado, o que trará um reflexo direto na forma como todos os alunos das escolas se relacionam com os colegas com deficiências. “As crianças enxergam o potencial deles, muito além da deficiência. Essa convivência traz muitos benefícios para todos, e ainda mais para nós, adultos”, destacou a secretária.

Fotos - crédito: divulgação/SMPED

1. Marianne em conversa com a equipe do centro

2. Secretária em visita à EMEF