Seminário: "A inclusão educacional de pessoas com surdocegueira e deficiência múltipla sensorial"

Seminário apresenta técnicas e ferramentas de ensino para alunos com surdocegueira.

Evento é gratuito e acontece neste sábado, dia 18, em Santana.

Na cidade de São Paulo existem cerca de 280 surdocegos e, desse total, 40 estão matriculados na rede municipal de ensino. Para muitas pessoas, a ideia de que jovens com essa deficiência sensorial (visão e audição concomitantes) são capazes de absorver conteúdos pedagógicos é surpreendente. Mas quem conhece o potencial de aprendizado da pessoa com surdocegueira sabe que o número de matriculados seria maior se houvesse mais professores capacitados, guias-intérpretes e instrutores mediadores.

Para suprir parte desta necessidade, acontece neste sábado (18), o seminário "A inclusão educacional de pessoas com surdocegueira e deficiência múltipla sensorial". Voltado a professores e outros profissionais interessados em atuar junto a esse público, o evento é gratuito e promovido pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo (SMPED) e pela Associação Educacional para Múltipla Deficiência (AHIMSA).

Uma das formas de comunicação com a pessoa com surdocegueira é realizada por meio da chamada Libras tátil (informações transmitidas pelo contato direto entre as mãos do emissor e do receptor). Outra forma de comunicação possível é o sistema tadoma, quando a pessoa com surdocegueira consegue receber a informação colocando a mão no maxilar do emissor da mensagem.

Apoio deve ser precoce

Márcia Regina Marolo de Oliveira, especialista em educação inclusiva da SMPED e uma das organizadoras do seminário, ensina que o primeiro passo para a inclusão é fazer com que tanto a família quanto a escola entendam que pessoas com surdocegueira têm o direito de uma inclusão responsável, que possibilite igualdade de oportunidades, respeitando as diversidades dentro das comunidades escolares e criando uma cultura inclusiva. Um processo que exige a colaboração entre a família, professores, coordenação, direção, profissionais especializados e outros membros da comunidade.

Teoria e prática

Como o objetivo é oferecer ferramentas teóricas e práticas para que o educador trabalhe junto a públicos com essa deficiência, o seminário terá, na parte da manhã, discussões obre temas como planejamento educacional, formação profissional, a importância do trabalho em equipe e da parceria com a família.
A parte da tarde será reservada a oficinas abordando a confecção de recursos de apoio pedagógico, como pranchas de comunicação (que utilizam representações táteis para substituir a fala e a escrita), brinquedos e mobiliário em papelão.
 

Programação

8h00 – Credenciamento dos participantes

8h30 - Coffee Break

9h00 – Abertura
Secretario Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo
Sra. Shirley Rodrigues Maia - Diretora Educacional da AHIMSA

09h30 - O Planejamento educacional individualizado - Como trabalhar em equipe.
Ana Márcia Fernandes Chavez de Jesus - ADEFAV

10h00 - Equipes colaborativas - A necessidade de formação profissional.
Vula Maria Ikonomidis - AHIMSA

10h30 - Educação sem limites - Ampliando a visão do professor na educação de crianças com baixa visão.
Ana Lúcia Rago - Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

11h00 - Famílias - Como promover sua participação no processo de inclusão e membro da equipe.
Márcia Maurílio Souza - ABRAPASCEM

11h30 - Desenho universal de aprendizagem - Uma visão ampla para inclusão e diversidade.
Shirley Rodrigues Maia - AHIMSA

12h00 – Apresentação de projetos da SMPED.
Marcia Regina Marolo de Oliveira
 

12h30 - Intervalo para almoço

14h00 às 18h00 – Oficinas

1. Confecção de recursos acessíveis para apoio a inclusão - Materiais e Mobília em Papelão.
Sandra Regina S. H. Mesquita - AHIMSA

2. Confecção de pranchas de comunicação.
Maria Aparecida Cormedi - ADEFAV

3. Confecção de brinquedos para estimulação visual.
Luciana P. Cardoso - Grupo Brasil

4. Comunicação de pessoas com surdocegueira adquirida
Dalva Rosa Watanabe - Abrasc

5. Comunicação de pessoas com surdocegueira congênita.
Vula Maria Ikonomidis - AHIMSA

6. Orientação e mobilidade.
Lília Giacomini - Grupo Brasil

7. Avaliação: alfabetização do deficiente visual - Braille ou tinta? Ana Lúcia Rago - Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

16h30 - Intervalo para Coffee Break

18h00 - Encerramento e entrega de certificados nas oficinas

Realização:

AHIMSA – Associação Educacional para Múltipla Deficiência
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED

Apoio:

Abrasc – Associação Brasileira de Surdocegos

Centro Eva Lindsted – Setor de Baixa Visão – Departamento de Oftalmologia – Santa Casa de São Paulo

ADEFAV – Centro de recursos em deficiência múltipla, surdocegueira e deficiência visual

ABRAPASCEM – Associação Brasileira de Pais e Amigos dos Surdocegos e Múltiplos Deficientes Sensoriais

Grupo Brasil de apoio ao surdocego e ao múltiplo deficiente sensor