São Paulo recebe maior missão empresarial Brasil-Itália

Brasil está se tornando um líder mundial, diz Claudio Scajola

No momento em que a economia global dá sinais de recuperação, após a turbulência financeira que afetou o mundo no último ano, São Paulo recebe a maior missão empresarial  Brasil-Itália. Cerca de 350 empresários participaram nesta terça-feira, dia 10, do "II Fórum Econômico Brasil-Itália: Customização, inovações tecnológicas e competitividade para atuar em escala global", realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com a presença da vice-prefeita de São Paulo e do secretário municipal de Relações Internacionais.

O grupo desembarcou com o objetivo de realizar negócios com o Brasil, que foi um dos países menos afetados pela crise. A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 também são atrativos para os empreendedores estrangeiros, pelo volume de recursos que os dopis maiores eventos do mundo vão movimentar. A Itália é o nono maior parceiro econômico do Brasil, e o Brasil, o oitavo da Itália. Nos últimos dez anos, a penetração dos produtos brasileiros na nação europeia cresceu 232,2%, aumentando as trocas de US$ 2,2 bilhões para US$ 7,3 bilhões. Já a importação de produtos italianos subiu 116,5%, passando de US$ 3,7 bilhões para US$ 7,9 bilhões.

"O Brasil está se tornando um líder mundial e aos poucos será um dos grandes protagonistas da economia do globo", disse o ministro do Desenvolvimento da Itália, Claudio Scajola. Ele defendeu parcerias estratégicas que intensifiquem o intercâmbio comercial entre os dois países. De acordo com Scajola, os principais focos são os setores de infra-estrutura, construção civil, agroindústria e energia.

Com uma mensagem otimista, o ministro da Fazenda reafirmou que o pior já passou. "O Brasil já saiu da crise e está em franca recuperação", comemorou. Num breve panorama geral da economia brasileira, Mantega ressaltou que além de ser um mercado seguro, o País tem excelentes perspectivas de crescimento. Ele lembrou que o Brasil foi um dos últimos países a entrar na crise internacional e um dos primeiros a sair. "Temos um grande potencial e um mercado consumidor e enorme", disse acrescentando que a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 terão uma forte demanda de investimentos.

Segundo dados da Fiesp, o fluxo comercial entre Brasil e Itália gira em torno de US$14 bilhões de dólares por ano. "Temos muito o que fazer para aumentar o comércio e os investimentos recíprocos", ressatou o presidente da Fiesp. Ele lembrou a forte presença da comunidade italiana no Brasil, especiaolmente na cidade de São Paulo. "Muitas linhas da nossa história foram escritas por italianos".

Descendente de italianos, o governador de São Paulo destacou que o estado que detém 42% da produção industrial brasileira está de portas abertas a novos investimentos estrangeiros. "Missões como essa contribuem para dar impulso a novos negócios, o que será bom para ps dois países", afirmou.

Num discurso de improviso, o presidente da República, disse que a parceria entre Brasil e Itália tem longa data, mas que o fluxo comercial ainda é muito pequeno pelo potencial dos dois países. Deixou um recado aos empresários para que tenham persistência para viabilizar novos negócios.

"Há muitas possibilidades para a entrada de produtos brasileiros na Itália e produtos italianos no Brasil". Para o presidente, o último ano deixou lições. "A crise econômica mundial obrigou os países a repensarem qual o modelo de desenvolvimento que queremos para o século XXI". E encerrou dizendo que o momento agora é, na sua avaliação, de descobrir novos consumidores.