Marcha Mundial pela Paz chega a São Paulo

Integrantes são recebidos pelo prefeito

"Nosso trabalho não terminará enquanto houver violência", afirmou Miguel Hirsch Goldschmidt, representante da  Marcha Mundial pela Paz durante o encontro dos integrantes do grupo com o prefeito de São Paulo na tarde desta segunda-feira, dia 21. A Marcha, iniciada em 2 de outubro - data que coincide com o nascimento do Mahatma Gandhi - e percorreu vários países e chegou à capital paulista hoje.

A Marcha, que teve lançamento simultâneo em todo o mundo - inclusive em São Paulo, com a participação do prefeito - em 2 de outubro (data do nascimento de Mahatma Gandhi). No mesmo dia, a Prefeitura anunciou a ampliação do número de postos de recolhimento de armas e sua adesão mais uma vez à Campanha Nacional pelo Desarmamento.

"Agradecemos o apoio da Prefeitura e queremos que São Paulo continue trabalhando no combate à violência", disse a porta-voz da Amarcha, Flávia Estevan.  Os integrantes da comitiva apresentaram ao prefeito uma carta pedindo a participação de São Paulo na promoção da cultura da não-violência, de modo a "garantir a sobrevivência da humanidade". Na presença do ministro da Justiça, Tarso Genro, a carta foi assinada pelo prefeito, que reiterou o apoio à iniciativa.

"Hoje temos condições de afirmar que os momentos mais difíceis [enfrentados pelos Direitos Humanos] foram superados graças ao trabalho incansável de muitos. Essa marcha serve de incentivo e estímulo para continuar a lutar pelos ideais previstos nesta carta", afirmou o prefeito. De acordo com o secretário mubnicipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega, o índice de homicídios em São Paulo caiu 58% nos últimos quatro anos. "Essa queda está ligada à política de desarmamento, entre outros fatores", destacou o secretário. 

A Marcha é uma iniciativa do Mundo Sem Guerras, organização não-governamental internacional, cuja sede é em Madri, na Espanha, que atua há cerca de 15 anos nem prol da pacificação. A instituição conta com representantes em mais de 80 países. O objetivo é criar uma cultura pela paz, a não violência e em favor do desarmamento nuclear. O término da Macrah será no próximo dia 2 de janeiro na  Cordilheira dos Andes, na fronteira entre a Argentina e o Chile. Nesse período, o grupo passou por mais de 90 países nos cinco continentes percorrendo uma distância de aproximadamente 160 mil quilômetros. O projeto conta com o apoio de centenas de organizações e personalidades de diversas áreas.

Após o encontro, o ministro, o prefeito e secretários municipais de Segurança Urbana e de Direitos Humanos assistiram à inutilização de algumas armas recolhidas durante a Campanha do Desarmamento. A proposta desta iniciativa é que quem possui arma a entregue voluntariamente, sem que a origem do objeto seja investigada. Para isso, a pessoa ainda recebe uma indenização, que varia de R$ 100 a R$ 300 de acordo com o modelo. A anistia para entrega das armas termina em 31 de dezembro.

Fonte: SECOM / SMRI