O Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids (UNAIDS) realiza na cidade de São Paulo entre hoje (31) e amanhã (1°) o Seminário "Fast Track Cities", que reúne diversas cidades brasileiras que assinaram a Declaração de Paris.

Esse documento criou, em 2014, a meta 90-90-90 que prevê ter até 2020: 90% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas, 90% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas e em tratamento e 90% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas, em tratamento e com carga viral indetectável (quantidade bem baixa de vírus no corpo e que, após seis meses nessa condição, o HIV se torna intransmissível nas relações sexuais).

Cidades de todo o mundo, consideradas estratégicas para o enfrentamento do HIV/Aids, foram convidadas a serem signatárias da declaração e se comprometerem com essa meta.

Atualmente, cerca de 300 municípios do mundo já assinaram o documento, sendo 42 deles no Brasil. São Paulo é uma dessas cidades, ao firmar o seu compromisso em 2015 e revalidá-lo em 2018.

O evento tem como objetivo fazer um balanço e um panorama do trabalho feito pelas cidades brasileiras e avaliar como está a meta 90-90-90 no Brasil.

A capital paulista, por meio da Secretaria Municipal da Saúde e do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo, apresentou uma série de ações que têm feito para o enfrentamento do HIV/Aids, como distribuição de camisinhas em larga escala, ações de testagem rápida de HIV em locais de grande concentração de pessoas mais vulneráveis à epidemia, participação de campanhas (Carnaval, Parada LGBT+ etc.) oferta das Profilaxias Pré e Pós-Exposição (PrEP e PEP), além do autoteste de HIV e os projetos de prevenção para essas populações-chave.

"A cidade de São Paulo está trabalhando intensamente para o enfrentamento do HIV/Aids. Tivemos grandes avanços e estamos no caminho certo para o alcance das metas 90-90-90", disse a Coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo, Cristina Abbate, em sua participação no evento.

Texto por Thiago Pássaro - Secretaria Municipal de Saúde