Prefeitura de São Paulo participa de transmissão ao vivo sobre o Dia da África

As ações para a paz no continente africano foram pautadas durante a live

O Secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes, participou da live em comemoração ao Dia da África, celebrado em 25 de maio. Também participaram da transmissão o Cônsul-Geral da África do Sul em São Paulo e representante da União Africana, Malose Mogale, a Chefe interina do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores em São Paulo, Embaixadora Irene Vida Gala, a Secretária-Executiva Adjunta de Promoção da Igualdade Racial, Elisa Lucas Rodrigues, o Presidente do Centro Cultural Africano, Otunba Adekunle Aderonmu e o Presidente da AfroChamber, Rui Mucaje.

O Dia da África foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972. A data, 25 de maio, marca a fundação da Organização da Unidade Africana (OUA), em 1963, antecessora da União Africana (2002), e celebra as conquistas dessas instituições na luta contra o colonialismo e o apartheid no continente. O tema do Dia da África neste ano foi Silencing The Guns: Creating Conducive Conditions For Africa’s Development, reivindicando a paz para os povos africanos e o fim das guerras, dos conflitos civis, das violações de direitos humanos, dos desastres humanitários e do genocídio da população.

Durante a live, os participantes comentaram sobre a Agenda 2063, documento elaborado pela União Africana em 2013, com objetivo de transformar a África em uma potência global a partir do desenvolvimento inclusivo e sustentável. Outra pauta foi a pandemia do novo coronavírus. De acordo com o Cônsul-Geral da África do Sul em São Paulo, Malose Mogale, o continente africano está muito vulnerável às consequências da pandemia. O diplomata ressaltou as ações da União Africana para enfrentar a pandemia, como a criação de um Fundo de Resposta à Covid-19, a campanha de arrecadação para fortalecer os Centros para Controle e Prevenção de Doenças da África e as pesquisas para tratamento da doença. A Embaixadora Irene Vida Gala ressaltou que a libertação das nações africanas, a partir da década de 1960, permitiu ao mundo uma compreensão sobre o que era de fato a igualdade entre todos, como previsto na Carta da ONU, em 1945. Além disso, destacou três aspectos a partir dos quais o Brasil deve olhar para a África: a ancestralidade, enxergar o continente como uma oportunidade de trabalho e estudos e refletir sobre o racismo no Brasil. A Secretária-Executiva Adjunta Elisa Rodrigues lembrou que a África é o berço da humanidade e é o maior continente do mundo em extensão territorial.

Assuntos como cooperação e solidariedade também foram abordados. O Secretário Luiz Alvaro destacou que os laços de afinidade cultural, identitária e histórica dos povos africanos com o Brasil formam uma base sólida para aprofundar relações futuras. “Nossa intenção é contribuir para a criação de um novo capítulo dentro da história afro-brasileira, marcado pelo respeito, pela igualdade e pela troca”, afirmou.

O evento foi realizado pelas equipes de Relações Internacionais e da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo em conjunto com o Centro Cultural Africano, uma organização não-governamental que valoriza as tradições culturais africanas e afrodescendentes, e pela AFROCHAMBER, a Câmara de Comércio Afro-Brasileira, que intermedia a relação do Brasil com os 55 países africanos.