Servidores que trabalham em equipamentos municipais de acolhimento da comunidade LGBTI recebem capacitação da OPAS/OMS

Durante a formação, realizada de 6 a 9 de outubro, os participantes receberam orientações sobre como prevenir o contágio pelo coronavírus no acolhimento à população LGBTI

Cerca de 50 servidores municipais que atuam nos equipamentos de acolhimento à população LGBTQI em São Paulo participaram de uma capacitação da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS/OMS) entre os dias 6 e 9 de outubro. A formação é resultado da parceria da equipe internacional da Prefeitura de São Paulo com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e a OPAS/OMS, que teve como objetivo compartilhar informações sobre a prevenção e o cuidado no acolhimento das pessoas LGBTI durante e no pós-pandemia da Covid-19.

De acordo com a consultora de direitos humanos do escritório da OPAS/ OMS no Brasil, Akemi Kamimura, a organização trabalha com a inclusão das especificidades e particularidades de cada uma das populações, por meio da perspectiva de direitos humanos. “A necessidade de realizarmos essa oficina e trabalhar com elas e eles para entender como os equipamentos têm prestado o serviço de referência e de cidadania no contexto da pandemia”, explicou a consultora. “Nossa expectativa é que os servidores tenham mais elementos para trabalhar com as pessoas com quem eles estão atendendo e, ao mesmo tempo, escutar deles um pouco mais sobre a realidade dessas pessoas para avaliarmos como podemos ter uma resposta mais adequada considerando essas especificidades”, destacou.

Esta é a segunda vez em 2020 que a OPAS/OMS realiza uma capacitação com os funcionários da SMDHC. Em julho, o treinamento foi direcionado às profissionais que trabalham no atendimento de mulheres em situação de violência, e compartilhou orientações para garantir a segurança das servidoras e das mulheres atendidas durante o acolhimento na pandemia. Desta vez, a equipe da OPAS/OMS realizou uma visita técnica aos centros de referência de acolhida da população LGBTQIA+ da capital para conhecer os espaços e os profissionais que participariam da formação. “O objetivo é que os servidores possam humanizar as medidas de segurança frente às especificidades do trabalho que eles realizam. O que a gente tem proporcionado é dar os meios para que eles respondam de forma rápida diante das situações que acontecem nos serviços”, comentou a consultora de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastres, do escritório da OPAS/OMS no Brasil, Fabiana Ganem. “É muito importante que os profissionais que trabalham nos Centros de Cidadania de São Paulo estejam bem informados sobre a Covid-19”, concluiu.

 Primeiro dia de capacitação dos servidores de equipamentos de atendimento à população LGBTI do município com as consultoras da OPAS

*Notícia publicada em 30/11/2020 em cumprimento à Lei eleitoral 9504/1997.