Por Fernando Rodrigues dos Santos

 

Na última reunião do Grupo Técnico de Educação Permanente em Saúde (GTEPS), 16 de maio, representantes das Escolas Municipais de Saúde Regionais (EMSR), Supervisões Técnicas de Saúde (STS), Hospitais Municipais e Organizações Sociais de Saúde (OSS) discutiram qual seria o perfil necessário de competências dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) no auditório do prédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

A diretora da Escola Municipal de Saúde (EMS-SMS/SP), Dra. Josiane Motta, destacou a importância de ampliar a qualidade dos serviços e da educação, citando o Hospital Albert Einstein como inspiração para a criação de um selo de qualidade dentro do ensino. “Qualidade é muito mais do que só apontar o erro. É produzir, é olhar para o futuro,” disse a Dra., ressaltando a necessidade de uma abordagem proativa e inovadora.

Lúcia Langanke durante abertura da reunião

Lúcia Langanke, assessora da direção da EMS, trouxe à tona discussões anteriores sobre as competências desejadas para os trabalhadores da saúde, tanto nos cursos de graduação quanto de pós-graduação. Ela mencionou a necessidade de alinhamento entre a formação acadêmica e as demandas reais do SUS, ponto esse que foi intensamente debatido. Também aproveitou para apresentar e dar as boas-vindas à Patrícia Araujo Soares, que fica em seu lugar como nova diretora da Divisão de Educação da EMS.

Enfatizando a evolução e os esforços contínuos para melhorar a formação no SUS, a diretora da Escola Municipal de Saúde Regional Leste, Rosângela Correia Araújo da Silva, mencionou a integração entre as Escolas Regionais e as unidades de saúde. Ela destacou a importância do curso “Avança Saúde”, que visa capacitar novos trabalhadores do SUS e disse que esse é um curso fundamental para que os novos trabalhadores compreendam o funcionamento e os valores do SUS. O curso está em fase final de elaboração e tem previsão de entrega ainda esse ano.

A necessidade de maior integração e comunicação entre as instituições de ensino e os serviços de saúde foi um tema recorrente. Lúcia mencionou que muitos planos de ensino não refletem a realidade dos serviços oferecidos pelo SUS, levando a um descompasso entre teoria e prática. “É fundamental que os supervisores de estágio visitem os serviços e alinhem os planos de ensino com a prática real no equipamento de saúde”, ressaltou.

Dra. Josiane Motta, diretora da EMS

Uma das principais abordagens da reunião foi sobre a importância de fomentar o trabalho em rede, garantindo que os trabalhadores da saúde compreendam e valorizem a integração dos diferentes serviços oferecidos pelo SUS. Claudimar de Jesus Oliveira, da EMSR Oeste, reforçou essa ideia, destacando a necessidade de fortalecer os trabalhadores que atuam diretamente nas unidades de saúde, para garantir uma formação prática e contextualizada.

Foi discutido também a validação e implementação de um possível conjunto de competências desejadas para os trabalhares do SUS, a ser apresentado aos macro-gestores. Essa abordagem visa assegurar que os processos seletivos e as formações continuem a promover profissionais alinhados com os princípios do SUS.

A próxima reunião está marcada para o dia 20 de junho de 2024.