Mudança no estilo de vida ajuda na prevenção do câncer

Cuidar da alimentação, praticar atividades físicas e evitar o tabagismo reduzem as chances de desenvolvimento da doença

Por: Rosângela Dias
Foto: Edson Yukio Hatakeyama

O dia 4 de fevereiro foi escolhido pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e detecção precoce da doença. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que os tipos mais comuns no Brasil são os cânceres de pele não melanoma, mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago.

A médica oncologista e coordenadora da Seção Técnica de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Dra Dalva Yukie Matsumoto, explica que, apesar de algumas pessoas terem pré-disposição genética para desenvolver a doença, o número de pacientes que se encaixam neste perfil é pequeno. A especialista destaca que há outros fatores com maior influência, como questões socioculturais, étnicas e de hábitos.


Foto da Dra Dalva
Dra. Dalva Yukie Matsumoto
 

“O tabagismo, por exemplo, aumenta significativamente a incidência de cânceres como de pulmão, bexiga e intestino grosso. Já a obesidade é fator de risco para câncer de mama, ovário, útero e colorretal”, exemplificou médica. Por isso, é fundamental evitar uma dieta baseada em alimentos ultraprocessados, ricos em gordura saturada e conservantes, além de manter o peso adequado.

O acompanhamento regular de um médico de rotina também é essencial para a detecção da doença nos estágios iniciais. “Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Há uma série de tratamentos, como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou mesmo intervenção cirúrgica, mas tudo vai depender do tipo de tumor e qual o grau de evolução”, afirmou a Dra. Dalva.

Importância do autoexame - Foi durante o autoexame que a servidora Lucilene Lemos de Ávila descobriu o câncer de mama, em maio de 2019. “Senti um nódulo, mas não dei muita atenção. Como já tinha consulta de outra especialidade no HSPM, aproveitei para passar o Pronto-Socorro. O médico fez o ultrassom, localizou o nódulo e em poucos dias já passei com o mastologista”.

Além da cirurgia para retirada do tumor, Lucilene passou por sessões de quimio e radioterapia. Por conta de metástase óssea e no pulmão, a servidora voltou às sessões de quimioterapia. “Estou em manutenção e gostaria de agradecer à equipe do HSPM, estou muito bem atendida pelo Dr. Gonçalo, Dr. Tatiana e as meninas da quimioterapia”, agradeceu a servidora.

 

Foto da pacientes na sessão de quimioterapia
Paciente Lucilene Lemos de Ávila e a fundadora do Instituto Amor em Mechas, Débora Pieretti.