Clínica da Mulher do HSPM reúne gerações em atendimento e cuidado integrados

Reformado, o antigo ambulatório de ginecologia é hoje Serviço de Referência em Saúde para as servidoras do município

 

Foto da paciente Lidia Moraes

Relação da professora Lídia como o HSPM começou com o pré-natal do primeiro filho, há 28 anos (Fotos: Ale Moreira/SMS)

 

Por: Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo

Uma ala ampla no quarto andar do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), iluminada em boa parte pela luz natural, com mobiliário moderno e paredes cor de rosa. À primeira vista é essa a definição do espaço inaugurado em outubro de 2019. O antigo ambulatório de ginecologia abriu espaço para um novo, integrado e multidisciplinar, que qualifica o atendimento às mulheres servidoras e suas dependentes.

O Serviço de Referência em Saúde da Mulher Servidora do HSPM envolve médicos nas especialidades ginecologia e mastologia, e profissionais da psicologia, fisioterapia, serviço social e equipe de enfermagem. Tudo em um só local.
Na reforma do ambulatório, consultórios e uma central de exames para a realização de mamografia, ultrassom, coleta de citologia oncótica (papanicolau), colposcopia e densitometria óssea também foram alocados no mesmo espaço. A central de exames ginecológicos possue inclusive um acesso integrado e sala de espera reservada para garantir privacidade e conforto.

A ginecologista Ligia Guariglia, coordenadora do serviço técnico, aponta que atualmente a clínica de saúde da mulher do HSPM conta com 14 médicos assistentes e um coordenador capacitados para atender os ambulatórios de ginecologia geral, pediátrica e endócrina, obstetrícia e pré-natal, climatério, mastologia, patologia cervical, oncologia pélvica e uroginecologia.

“Esse serviço foi planejado para auxiliar na prevenção contra o câncer ginecológico. Por isso, atendemos em muitas especialidades, que ajudam a focar na saúde da mulher, desde às menores às maiores queixas”, explica a médica.
 

Foto da dra Ligia e dr. Ivo

Os médicos Ligia Guariglia, coordenadora do serviço técnico, e Ivo Pavanello, ambos ginecologistas do HSPM.

Como medida de enfrentamento ao coronavírus, o atendimento presencial foi reduzido para evitar aglomerações e riscos, mas em nenhum momento deixou de funcionar, respeitando as regras de distanciamento e higienização. Desde o final de junho de 2020, o atendimento é escalonado em 30% da capacidade do ambulatório.

Mas mesmo com a pandemia, de outubro de 2019 a janeiro de 2021, o Serviço de Referência em Saúde da Mulher Servidora do HSPM realizou 11.375 consultas na clínica de ginecologia e 1.044 em obstetrícia, entre presenciais e por telemedicina. Também foram feitos 3.834 exames de ultrassom, colposcopia e core biopsy e 639 exames de papanicolau. Além de 3.350 densitometrias ósseas e 7.559 mamografias.

Papanicolau

Na agenda de saúde da mulher, o papanicolau é o exame de prevenção do câncer do colo uterino e deverá ser realizado em pacientes após dois anos do início da vida sexual e com idade entre 25 e 64 anos. Fora dessa faixa etária a coleta deve seguir orientação médica.

“Habitualmente, a coleta é realizada através de procura espontânea, seja por iniciativa própria ou solicitação médica, isto é, não há necessidade de agendamento. Isso nos ajuda na efetividade da consulta e mantém o propósito de prevenção do câncer do colo do útero”, explica a médica ginecologista.

O médico Ivo Pavanello Filho, também ginecologista e obstetra, complementa que todos os resultados dos exames são avaliados previamente pela coordenadoria da clínica e as pacientes com citologia alterada são convocadas, em caráter de urgência, para complementação diagnóstica.

“Todos os exames de rastreamento e o estudo de seus resultados são feitos aqui e o retorno também já é agendado para monitoramento e tratamento. Se uma mulher clinicamente está bem, a cada dois exames de papanicolau negativo, ela pode repetir a cada três anos, mas a mamografia precisa ser feita anualmente. Nós rastreamos e convocamos as pacientes, independentemente das datas de retorno. Os encaminhamentos para outras áreas também partem daqui, bem como para os grupos interdisciplinares compostos por enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais”, explica.

Foto de mãe e filha, Eloisa e Fabiana, abraçadas

Acompanhada da filha Fabiana, Eloisa foi ao HSPM para fazer a mamografia de rotina

No momento, os grupos multidisciplinares (mastologia, climatério, uroginecologia, gestantes e planejamento familiar) foram suspensos. Contudo, quem procura o serviço de Planejamento Familiar para anticoncepção recebe encaminhamento individual para a devida orientação.

Para a primeira consulta no serviço da mulher do HSPM, a servidora deve agendar seu atendimento pela Central 156. Os demais procedimentos e retornos serão agendados pela equipe do próprio HSPM.

Espaço acolhedor

A população alvo de atendimento da clínica da mulher do HSPM é a servidora municipal e suas dependentes. Mas após a reforma, o espaço tornou-se mais agradável e acolhedor para as pacientes e para o corpo clínico.

“Eles ligam e eu venho. Venho aqui a vida toda”, diz Eloisa Martins de Almeida, 71 anos, cujo marido era contador da subprefeitura de Santo Amaro. Na ocasião, acompanhada da filha, ela foi ao Serviço de Referência da Saúde da Mulher para realizar sua mamografia de rotina. “Na pandemia eu fiquei em casa, agora eles me chamaram e eu vim. Ficou muito boa essa reforma.”

Dona Eloísa conta que ainda guarda a pulseira de identificação da filha Fabiana Martins de Almeida Braz, que nasceu em 1981, no HSPM, onde também a levou ao pediatra e outros médicos até os 18 anos de idade. “Eu nasci aqui. Quarentei na quarentena e hoje vim fiscalizar a mãe, que está sempre aqui”, brinca Fabiana.

Aos 53 anos, a professora Lídia Moraes de Oliveira é servidora municipal há 30 e pelo menos há 28 é paciente do HSPM. A relação como o hospital começou com o pré-natal do primeiro filho e desde então faz seus exames de rotina no ambulatório.

Ela conta que durante 24 anos trabalhou na creche dos funcionários do HSPM. “A história da minha vida se mistura como a do hospital”, declara a professora, que enquanto esperava seu horário passava atividades para os alunos da turma da tarde via aplicativo.

Sobre a reforma do setor da mulher, a professora emenda: “Melhorou muito. Ficou maravilhoso. Agora aqui é um ambiente de luz e tudo contribui para o tratamento. Quando você está doente, melhora muito.”

SERVIÇO:

Hospital do Servidor Público Municipal
Serviço de Referência em Saúde da Mulher – 4º andar
R. Castro Alves, 60 - Aclimação
Agendamento da primeira consulta pela Central 156