Junho: Mês de Conscientização Sobre o Vitiligo

Entenda mais sobre a despigmentação da pele

Por Davi Castro

Dia 25 de Junho de 2011 foi a data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), visando aumentar a conscientização sobre o vitiligo, combater o preconceito e arrecadar fundos para pesquisa, apoio e educação.

O vitiligo é uma doença autoimune, ou seja, o próprio organismo produz substâncias que querem destruir a célula produtora de melanina, esta última chama-se melanócito. Trata-se de uma doença que somente pessoas com anticorpos contra este tipo celular desenvolvem, assim como existem doenças autoimunes voltados para outros grupos celulares, como as causadoras de diabetes e hipotireoidismo.

O médico assistente da Clínica de Dermatologia do Hospital do Servidor Público Municipal, Cristiano Tarzia Kakihara, detalhou a doença e como tratá-la: “Vitiligo não é uma doença contagiosa, não é causada por nenhum agente infeccioso, nem bactérias, fungos ou vírus, portanto, não é transmissível, mas não há forma de prevenir-se, já que é uma condição crônica do próprio paciente e é autoimune. Todas as doenças que são autoimunes não podem ser entendidas como cura, mas sim de controle. Os principais sintomas de quem tem vitiligo são manchas brancas na pele. As lesões podem ser 100% brancas ou podem ter uma borda pigmentada na cor castanha.

O tratamento do vitiligo é estabelecido em função do grau de lesionamento que o paciente possui e em qual localização elas sugiram. Quando a pessoa tem poucas lesões na face, tendemos a poupar o uso de corticosteroide em creme para evitar causar efeitos colaterais e recorremos às medicações mais seguras desta especificidade como uma classe chamada: inibidor de calcineurina. Se a lesão for pouca, inclinamos a realizar tratamento com medicações associados ou não com fototerapia, mas se são rapidamente progressivas, escolhemos o uso de corticoide via oral.”

Depoimento de uma paciente: M.E.O.P.S., 14 anos de idade, estudante.
Ela convive com vitiligo há dois anos; iniciou o tratamento há pouco tempo e nunca passou por uma situação onde se sentiu desconfortável ou excluída por causa da doença. Aceitou bem a patologia e recomenda aos que sofrem desta condição a não se preocuparem, pois não há motivo para sentirem vergonha e ficarem tranquilos pois há tratamento eficaz.