Higienização correta das mãos amplia prevenção contra infecções

Papel dos profissionais envolvidos na assistência ao paciente é fundamental para a prevenção.

No último dia 5 de maio foi lembrado o Dia Mundial da Higienização das Mãos e hoje, 15 de maio, é o Dia Nacional do Controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). As datas têm como objetivo conscientizar autoridades sanitárias, diretores de hospitais, trabalhadores de saúde e a população sobre a importância do controle e prevenção das infecções. Tivemos um bate-papo com o médico infectologista Dr. Marcos Antonio Cyrillo sobre as ações que devemos implementar para diminuir os riscos de contrairmos as IRAS.

Qual a importância da higienização das mãos?

Nos países em desenvolvimento, a probabilidade de um paciente internado desenvolver IRAS gira em torno de 5 a 15%, porém, quando higienizamos as mãos adequadamente, este risco diminui em 40%. Portanto, esta é a medida mais eficiente e barata na redução das infecções. Higienizar as mãos com água e sabão ou utilizando álcool em gel salva vidas.

Quais são os principais momentos em que o profissional de saúde deve higienizar as suas mãos?

Em todos os momentos deve haver esta preocupação, não só nas instituições de saúde, mas também em casa, no seu ambiente de trabalho e no transporte coletivo. Nas instituições de saúde essa preocupação é maior, pois temos muito mais contato com matéria orgânica (com bactérias resistentes).

Quais as principais doenças relacionadas à falta de higiene das mãos?

Podemos adquirir infecções causadas por bactérias, fungos ou vírus, com quadros clínicos respiratórios, gastrointestinais, cutâneos; ou ainda quadros mais severos nos quais podem se dar infecções generalizadas.

Quais são os maiores momentos de exposição dos pacientes às IRAS?

Os momentos de maior exposição ocorrem por ocasião de introdução de sondas, cateteres, cirurgias de grande porte, realização de diálises ou outros procedimentos invasivos. Além disso, há fator de risco para a aquisição de IRAS no período de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

A participação de todos os profissionais envolvidos na assistência ao paciente é fundamental para a mudança deste panorama, o que certamente poupará a vida de milhões de pessoas anualmente e reduzirá os custos advindos do cuidado com o paciente.