Os diversos aparelhos tecnológicos como smartphones, laptops e tablets têm contribuído para a democratização e difusão da informação. Com tantos fatos e dados circulando diante dos nossos olhos e ouvidos, a atenção fica dividida e o foco é desviado. Mas não é verdade que o excesso de informação causa amnésia - doença que inibi as lembranças a curto ou longo prazo.

Mauricio Mandel, neurologista do hospital Albert Einstein-SP, diz que: “O excesso de informação e atividades no dia a dia das pessoas acaba provocando falta de atenção. A falta de atenção na realização de atividades cotidianas leva a uma falsa impressão de falta de memória. Para fixarmos algo na memória precisamos de atenção."

Filtrar informações de qualidades mais relevantes é um desafio e exercício importante na atual era digital, na qual a oferta é grande.

“O processo neurológico que rege a fixação da memória requisita a atenção. Não adianta fazer 5 coisas ao mesmo tempo porque a retenção daquele momento ocorrerá quebrada nos momentos pelos quais você dividiu sua atenção. Um exemplo é se você esta vendo TV e mexendo no computador ao mesmo tempo, mesmo que a novela esteja passando na sua frente, você perderá momentos dela, pois estará focado no computador”, complementa Dr. Mauricio.

Dividir e programar os períodos em que determinada atividade será focada é a melhor maneira de manter uma grande quantidade de planos e projetos sem perder a concentração individual em cada um e manter a retenção de informações. Uma boa memória também depende de uma vida saudável com alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e mentais - como ler um livro ou jogar xadrez-, e uma noite tranquila de sono.