Pílula emergencial deve ser usada com cuidado

Contraceptivo de emergência não deve ser usado como método anticoncepcional

por: Anne Miranda e Vinícius Marques

A pílula emergencial, popularmente conhecida como pílula do dia seguinte, é um contraceptivo de emergência. E deve se usada com cuidado. Ela não deve ser usada como método anticoncepcional – como a camisinha –, nem por repetida vezes, pois pode deixar de fazer efeito.

O contraceptivo funciona da seguinte maneira: se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo. Se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar uma descamação no útero, impedindo a fertilização do óvulo fecundado. Caso o óvulo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado uma gravidez, a pílula não tem efeito algum.

“Ela é indicada para a paciente que teve uma relação e não teve tempo hábil para fazer a anticoncepção. Então, indicamos este tipo de pílula para a prevenção da gravidez”, afirma o médico ginecologista Horácio Kazuguki Kishi.

A enfermeira Marcia Rodrigues dos Santos diz que as mulheres que tiveram a relação sexual desprotegidas devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, em até 72 horas, para receber o contraceptivo de emergência. “Chegando na UBS elas são encaminhadas para o acolhimento, onde recebem as devidas orientações e são encaminhadas para retirar a medicação” afirma.

A pílula deve ser tomada com responsabilidade. Por desregular o ciclo menstrual, o cálculo do seu período fértil pode ser prejudicado, facilitando uma possível gravidez. Use camisinha e consulte um ginecologista.