Musicoterapia

Instrumentos tibetanos na terapia

 Por Raoní Telles

 

 

A música não é simplesmente uma forma de entretenimento. Mas pode servir como instrumento de meditação, relaxamento e até cura. Esse tratamento, conhecido como musicoterapia, usa instrumentos, sons e ritmos para tratar de pacientes das mais variadas patologias: gestantes, recém-nascidos, pessoas em quadro de doenças terminais, e até mesmo no ambiente de trabalho, no combate ao stress.

Algumas civilizações utilizam desde seus ancestrais mais antigos os mantras - cânticos como formas de transcendência, concentração e harmonização da consciência com a natureza e a divindade regente do universo.

A musicoterapia deixou de ser apenas um tratamento de alguns consultórios. Hoje, é encontrada em hospitais, assim como o atendimento fisioterapêutico ou fonoaudiólogo. Ela ajuda o paciente no seu tratamento, com o diferencial da música ser "remédio da alma" para auxilia-lo.

Pesquisa realizada pela Cleveland Clinic Foundation, nos Estados Unidos, atestou que são mais acelerados os tratamentos que utilizam a musicoterapia como complemento nos pacientes com câncer, por exemplo, pós-cirúrgicos, entre outros. Em clínicas pode-se atender crianças com as mais diversas síndromes, deficiências, pessoas com depressão. As sessões podem ser individuais ou em grupos.

Terapia dos sinos e gongos

Uma das áreas da musicoterapia é a dos sinos, gongos e taças tibetanas. O terapeuta musical Peterson Menezes explicou que todos os sinos no mundo têm descendência dos sinos do Himalaia. Os sinos são feitos de latão ou bronze fundido. São forjados, esquentados até ficarem vermelhos e batidos para pegarem a forma. Os tibetanos repetem o processo para fazer um sino diversas vezes, até atingir o formato desejado, conferindo uma qualidade sonora impressionante, durável e suave. “Um sino comum tem um som estridente e pouco durável. Os tibetanos são suaves e contínuos, hipnóticos”, disse Menezes.

O tratamento

"É uma terapia de som, uma massagem não manual que ocorre a nível celular, feita pelos sons emitidos e pela vibração das taças tibetanas que são colocadas em cima ou próximo do corpo vestido e tocadas suavemente com uma baqueta. Também se trabalha com as taças na aura da saúde, tratando do corpo energético. Os sons harmônicos e calmantes assim como as suaves vibrações emitidas pelas taças de som nos levam a uma sensação de bem-estar e a um relaxamento profundo.", explicou o musicoterapeuta Raphael Moreira. 

“Com as pessoas que não têm problemas de saúde, a massagem de som irá ajudar no desenvolvimento da sua harmonia interior e lhes trará força e energia para o dia-a-dia, além de impulsionar a criatividade e energia produtiva. Com problemas físicos, mentais e psicológicos, a massagem de som irá auxiliar trazendo alívio para as dores e problemas causados pelo stress diário, preocupações e ansiedade.”, complementou Moreira.