Bicho Geográfico: perigo na areia

Lesão em forma de mapa é causada por parasita “cava” túnel na pele

Por Zenildes Mota

 

A larva migrans cutânea é um parasita encontrado em intestinos de cães e gatos contaminados. Estes animais expelem a lombriga pelas fezes e urina e seus ovos são espalhados no ambiente. Ao entrar em contato com a pele humana, elas penetram e migram, deixando um rastro no tecido subcutâneo em forma de mapa. As lesões são conhecidas como Bicho Geográfico.

Os parasitas são encontrados com mais frequência em parques, onde geralmente há tanques de areia, na grama de jardins e em praias frequentadas por animais. Estes locais, devido à temperatura ambiente, abrigam os ovos e os protegem do sol. A umidade favorece o desenvolvimento das larvas e quando as pessoas entram em contato com o solo, esses bichos migram para o corpo humano.

Os principais sintomas como comichões, lesões na pele e vermelhidão, causam incômodo pela irritação intensa, principalmente no período noturno. Ao se coçar, pessoa pode transportar as larvas para outras localidades do corpo, causando detrimentos secundários. As áreas normalmente atingidas são pés, nádegas, coxas, antebraços, mãos e costas.

Após uma avaliação clínica e diagnóstico do médico, a pessoa infectada poderá fazer o tratamento com drogas antiparasitárias (ou vermífugos) que tenham efeitos contra helmintos (vermes) por via oral ou local com pomadas. A eliminação do parasita dura em média de 5 a 7 dias. As melhoras ocorrem nos dois primeiros dias depois do início de tratamento.

É importante lembrar as pessoas que possuem cachorros e gatos em casa devem tomar alguns cuidados como levar o animal ao veterinário, manter o ambiente limpo e arejado e evitar andar descalço em locais de proliferação da larva.