Por Zenildes Mota


Nosso corpo é constituído por uma rede de vasos sanguíneos. ELA É responsável por conduzir a circulação e distribuição do sangue para todos os tecidos e estruturas do organismo, pelo meio do sistema cardiovascular. O aparelho arterial venoso pulmonar recebe o sangue rico em CO² (gás carbônico), também conhecido como oxigênio “pobre” pelo lado direito do coração e transforma em O² (oxigênio) “rico” e envia para o seu lado esquerdo.

O sistema arterial venoso também funciona como uma válvula que impulsiona a circulação do sangue, evitando a ocorrência de coágulos. A embolia pulmonar pode acontecer quando o transporte do sangue está sendo prejudicado pela formação destes coágulos na corrente sanguínea. Estes coágulos podem se alojar na artéria pulmonar e entupir os vasos sanguíneos impedindo a circulação.

A embolia pulmonar também está relacionada às causas diretas dos óbitos por mortes súbitas. Como a doença é assintomática (80% dos casos não apresentam sintomas) a maioria das pessoas não sabe que possui esse problema. Muitos dos coágulos são formados em tamanhos pequenos ou são desfeitos rapidamente. Por isso não são percebidos pelas pessoas.

Quando os coágulos são maiores, mais de uma artéria é afetada e pode se deslocar para as veias causando o seu entupimento, o que pode comprometer ou parar completamente a circulação da artéria pulmonar. A interrupção do percurso sanguíneo é gravíssima e pode levar à morte.

Os fatores de riscos e as causas relacionadas com a embolia pulmonar podem está ligados às seguintes condições do paciente: imobilidade prolongada, excesso de peso, traumas principalmente em membros inferiores, cirurgias extensas, anticoncepcionais com estrógenos, varizes, tabagismo, distúrbios de coagulação do sangue e histórico familiar, gravidez e pós-parto, insuficiência cardíaca, pessoas com idade superior a 40 anos e com doença pulmonar destrutiva crônica.

Embora seja uma doença extremamente perigosa, uma pesquisa IBOPE (O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), aponta que 78% dos brasileiros não sabem o que é embolia pulmonar. O tromboembolismo é responsável por 10% dos óbitos em hospitais, e um terço da taxa das doenças que têm maior índice de mortalidade do país, o câncer e as doenças do aparelho circulatório, incluindo infarto.

Os sintomas que o tromboembolismo pode apresentar: dor nos membros superiores e inferiores; no tórax, que pode aumentar intensamente; falta de ar, batimento cardíaco acelerado, palidez, ansiedade, inchaço e aumento de temperatura local. O diagnóstico é feito após avaliação clínica pelo médico da área que pode indicar os exames laboratoriais necessários.

Para evitar o desenvolvimento do tromboembolismo:

• Fazer caminhada regularmente
• Evitar ficar muito tempo sentado ou de pé sem se movimentar
• Faça controle do peso e pratique exercícios
• Peça orientação médica antes de fazer viagem longa
• Use meias de contenção se o tornozelo costuma inchar com frequência
• Se estiver acamado procure sempre mover os pés