Palestra sobre estresse e qualidade de vida é realizada no CAPS AD Capela do Socorro

Estresse foi um dos temas abordados

Por Mayara Carlis


Tatiana explica sobre os agentes estressores internos e externos para o público

Realizada na última quarta-feira (22/01) a oficina educativa psicosocial do CAPS AD de Capela do Socorro abordou o estresse, suas principais causas, seus principais sintomas e as melhores maneiras de se lidar com a doença.

De acordo com Tatiana Reinberg, coordenadora da unidade de acolhimento ao adulto da unidade, o estresse é uma epidemia mundial. “É uma reação do organismo, tanto física quanto mental, exposto a um esforço extremo, podendo levar a exaustão da pessoa”, explica Tatiana.

Segundo ela, existem dois fatores causadores de estresse: os agentes estressores internos (pensamentos, valores, informações em demasia) e os agentes externos (situações de desafio, rotina, conflitos e etc).

Ainda conforme Tatiana as fases do estresse são:

• Fase de alerta: A primeira fase ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor e o seu corpo perde o seu equilíbrio. Principais sintomas: mãos e/ou pés frios; boca seca; dor no estômago; aumento de sudorese; tensão e dor muscular, por exemplo, na região dos ombros; aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer unhas/ponta da caneta; diarreia passageira; insônia; taquicardia; respiração ofegante; hipertensão súbita e passageira; mudança de apetite; agitação; entusiasmo súbito.

• Fase da resistência: Na segunda fase o corpo tenta voltar ao seu equilíbrio. O organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo. Sintomas: problemas com a memória; mal-estar generalizado; formigamento nas extremidades; sensação de desgaste físico constante; mudança de apetite; aparecimento de problemas dermatológicos; hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite prolongada; tontura; sensibilidade emotiva excessiva; obsessão com o agente estressor; irritabilidade excessiva; desejo sexual diminuído.

• A Fase da Exaustão: A exaustão é a terceira fase do estresse. É perigosa, pois se tem diversos comprometimentos físicos em forma de doença: diarreias frequentes; dificuldades sexuais; formigamentos nas extremidades; insônia; tiques nervosos; hipertensão arterial confirmada; problemas dermatológicos prolongados; mudança extrema de apetite; taquicardia; tontura frequente; úlcera; impossibilidade de trabalhar; pesadelos; apatia; cansaço excessivo; irritabilidade; angústia; hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor.


Público da atividade, usuários da unidade e pessoas da comunidade

Quando questionada sobre como evitar esses desgastes a resposta da palestrante foi clara: “É necessário desligar-se do automático, saber aproveitar os pequenos prazeres diários, introduzir coisas na sua vida que você gosta de fazer e acima de tudo cuidar da sua saúde, afinal de contas saúde é o estado de bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de enfermidades”.

Já o público, que contou com cerca de 30 pessoas, entre pacientes e usuários da unidade, pode perceber que os esforços da unidade não são apenas fazer palestras sobre cura, reabilitação e coisas com os quais eles são bombardeados, e sim abordar a saúde como um todo.

Para Ana Santos, participante da palestra e não usuária do CAPS, a atividade foi altamente educativa. “Adoro as oficinais psicossociais, todas as palestras são instrutivas e essa do estresse, principalmente, vou para casa refletindo como posso por isso em prática e tentar viver uma vida mais tranquila”, contou Ana.