Fibromialgia

Doença afeta cerca de 80% de mulheres e provoca dor e sensibilidade muscular

Por Zenildes Mota

A fibromialgia é uma doença reumatológica crônica. A afeta a estrutura musculoesquelética. A síndrome é caracterizada pela presença de dor em diversas áreas do corpo, principalmente na musculatura. A pessoa que apresenta esse quadro clínico sente sensibilidade à compressão muscular e resistência ao toque em toda extensão corporal.

A fibromialgia é uma das causas da perda de rendimento e desconforto profissional mais comum da atualidade. É uma síndrome não inflamatória que está ligada à reumatologia por envolver sintomas que afetam os músculos, as articulações e os tendões.

Além da sensibilidade e dor muscular, a pessoa com fibromialgia pode apresentar os sinais de cansaço, dificuldade para dormir, ansiedade, alterações intestinais, falta de concentração, depressão e outros.

Os sintomas relacionados à fibromialgia requerem cuidados e atenção especializada. É uma doença que apresenta uma relação de manifestações clínicas que podem ser associadas ou não a outras enfermidades inflamatórias.

Ainda não foi descoberta uma causa única para o surgimento da fibromialgia. Os estudos mais recentes apontam que a causa está relacionada com a ativação do sistema nervoso central, que emite os estímulos para o cérebro da pessoa que sofre com a fibromialgia fazendo com que os sintomas se intensifiquem e o paciente sinta mais dor.

A doença acomete mais o público feminino. Dentre os pacientes que chegam aos consultórios médicos de reumatologia com esse quadro, cerca de 80% são mulheres. Segundo o site da Sociedade Brasileira de Reumatologia, para cada 10 pacientes com fibromialgia de sete a nove são mulheres. O quadro clínico de pacientes com essa reumatologia no Brasil chega a cerca de 5%.

O quadro de fibromialgia pode surgir depois de acontecimentos ligados ao psicológico, traumas físicos ou infecções. O fator psicológico pode intensificar ou diminuir os sintomas da dor, como o esforço físico também pode ajudar a intensificar.

Os pacientes normalmente não sabem quando começou a dor que se desenvolve e se espalha por todo o corpo, em um período aproximado de três meses. A avaliação é feita por um especialista em reumatologia por exames clínicos. A necessidade de exames laboratoriais visa ajudar no diagnóstico clínico em relação à presença de outras enfermidades de origem reumática.

O tratamento para essa síndrome vai depender do quadro clínico do paciente, que pode passar por uma reeducação de condicionamento físico, relaxamento muscular, ações terapêuticas e até mesmo medicamentos e antidepressivos.