Coordenadoria Norte vacina 49.024 meninas contra o HPV

Resultado ficou acima do esperado pelo Ministério da Saúde

Por Lígia Aparecida de Souza

Balanço preliminar da Campanha de Vacinação para HPV, encerrada dia 10 de abril, mostra que a Coordenadoria Regional de Saúde Norte conseguiu aplicar a vacina em 49.024 meninas com 11 anos de idade - 92% do contingente da região. O resultado ficou acima do esperado pelo Ministério da Saúde, que objetivava atingir 75% do público-alvo.

O município de São Paulo utilizou um modelo misto. Nele, a vacina foi oferecida nas escolas e nas Unidades Básicas de Saúde, uma estratégia para melhorar a adesão das meninas à vacinação. Desde o dia 10 de março, início da campanha, até ontem (13/04), foram aplicadas 221.361 doses da vacina HPV numa população estimada em 264.109 meninas na faixa etária.

A campanha instituída pelo Ministério da Saúde prevê a vacinação em três etapas, sendo a primeira a que já foi encerrada. A segunda dose será aplicada seis meses após a primeira (o que deverá ocorrer em setembro, e somente nas UBS). A terceira e última dose será aplicada cinco anos após a primeira, somente nas UBS.

De acordo com o programa do Ministério da Saúde, no ano que vem a vacina contra o HPV será aplicada em meninas com nove, 10 e 11 anos, também dividida em três doses. Em 2016, será a vez de meninas com nove anos.

HPV e o câncer

O objetivo da campanha é prevenir o câncer do colo de útero causado pelo HPV (Papilomavirus Humano), que é um nome genérico de um grupo de vírus que reúne mais de uma centena de tipos diferentes. O HPV pode provocar a formação de verrugas na pele, nas regiões oral, anal, genital e da uretra. As lesões genitais, principalmente, são de alto risco porque são iniciadoras de tumores malignos, predominantemente câncer do colo do útero e do pênis.

A transmissão do HPM se dá por via sexual, mas também de mãe para bebê durante a gravidez ou no parto.

As lesões causadas pelo HPV podem não apresentar sintomas, mas também podem provocar o aparecimento de verrugas na pele e nas mucosas. Há também variações em seu desenvolvimento. O vírus pode ser eliminado sem tratamento clínico e a pessoa jamais vai saber que esteve infectada. Se as lesões forem percebidas e o HPV diagnosticado, o tratamento é feito com medicamentos ou com cirurgia (cauterização química, eletrocauterização, crioterapia e laser, por exemplo) ou cirurgia convencional no caso de câncer instalado.