Por Bruna Zanlorenzi e Mayara Carlis
(matéria e fotos)

Evento contou com cerca de 30 profissionais da saúde


No último dia 29 de abril, a Coordenadoria Regional de Saúde Sul, por meio de duas das suas Supervisões Técnicas de Saúde, promoveu dois Fóruns de Saúde Mental no território.

Na parte da manhã, ocorreu o Fórum de Saúde Mental de M´Boi Mirim. Realizado dentro do Hospital Nossa Senhora do Caminho, o encontro reuniu cerca de 30 profissionais da área da saúde, incluindo Fonoaudiólogos, Médicos, Assistentes Sociais, Terapeutas Ocupacionais e Psicólogos.

O principal objetivo do evento foi debater sobre a importância do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Também foi discutido como as redes de saúde devem ser articuladas entre si para um melhor atendimento e entendimento da população quanto aos serviços oferecidos.

“O CREA oferta obrigatoriamente serviços de proteção e atendimento especializado as famílias e aos indivíduos”, esclareceu Anderson Barboza, Coordenador do CREA M´Boi Mirim. “Muitas mudanças, hoje, surgem a partir dos fóruns e das discussões que surgem nos mesmos. É de nossa responsabilidade a construção de vínculos de referência e confiança do usuário com a unidade e profissionais da equipe”, afirmou Barboza.

Ainda sobre a importância do evento Creusimar Pereira, interlocutora de Saúde Mental da Supervisão de M’Boi Mirim complementa: “Através dessas discussões podemos identificar uma demanda que há pouco estava escondida, essa relação de interdependência entre os serviços é muito importante”.

Interdepedência entre as redes foi o assunto debatido no fórum

O que é o CREA?

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) é uma unidade pública, onde são ofertados serviços especializados e continuados a famílias e indivíduos nas diversas situações de violação de direitos na perspectiva de potencializar e fortalecer sua função protetiva.

Como unidade de referência deve promover a integração de esforços, recursos e meios, articular os serviços de média complexidade, operar a referência e a contra referência com a rede de serviços sócio assistenciais da proteção social básica e especial, com as demais políticas públicas setoriais e órgãos do Sistema de Garantia de Direitos. Também deve funcionar em estreita articulação com o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Conselhos Tutelares e outras Organizações de Defesa de Direitos, no intuito de estruturar uma rede efetiva de proteção social.

O CREAS oferta acompanhamento técnico especializado desenvolvido, por equipe multiprofissional, de modo a potencializar a capacidade de proteção da família e favorecer a reparação da situação de violência vívida. A equipe técnica deve ter acesso aos prontuários e relatórios dos casos atendidos, garantindo o comando e gestão estatal.

Fórum de Parelheiros

Já na parte da tarde, foi a vez da Supervisão Técnica de Saúde de Parelheiros promover o seu Fórum de Saúde Mental. A atividade que aconteceu no CEU Parelheiros – Espaço Beija-Flor - reuniu cerca de 40 pessoas.

O evento foi aberto a todos os interessados e teve como objetivo articular a rede intersetorial da região Sul no que se refere às discussões da saúde mental. O tema discutido foi “Saúde Mental, Terapia Comunitária Integrativa caminhando lado a lado, de mãos dadas com o mesmo olhar”.

A palestrante Nilza Silva de Carvalho, Terapeuta Comunitária de Parelheiros, falou um pouco sobre como é o dia-a-dia de um terapeuta comunitário.

Já Cecília Ayres de Carvalho, Supervisora Técnica do Polo de Formação em Terapia Comunitária Integrativa do parceiro Associação Saúde da Família, explicou o tema. “A terapia comunitária integrativa é uma terapia de construção de vínculos e redes sociais. Ela cria uma dinâmica interativa que inclui, que permite que a diversidade cultural se expresse, resgatando a sabedoria popular e a fé na pessoa. Sua ênfase é o trabalho em grupo, promovendo a formação de grupos que busquem soluções para os problemas cotidianos. A Terapia Comunitária trabalha na direção de buscar e valorizar a competência das pessoas”, afirmou Cecília.

Após a fala da palestrante Cecília, o público foi convidado a sentar em duplas e cada um teve que falar sobre um problema que enfrentou e como o solucionou.

Cerca de 40 pessoas participaram do Fórum de Saúde Mental de Parelheiros