AMA Capão Redondo realiza palestras sobre prevenção a violência durante a Copa

Família tem papel importante no combate à violência sexual contra menores

Por Luciana Zambuzi - Assessoria de Imprensa CEJAM

Em campo, surpresas e muitos gols. Nas arquibancadas, a festa que reúne pessoas de todos os cantos do planeta. Sem esquecer o clima da Copa do Mundo no Brasil, a AMA 24 hs / AMA Especialidades Capão Redondo está promovendo semanalmente, desde o mês de junho, um momento de sensibilização e discussão voltado para colaboradores, conselheiros gestores e usuários. O tema abordado é a violência, em especial, ao abuso e a exploração sexual infantil durante a Copa.

Com o apoio de vídeos emocionantes e explicativos, Sarah Borges, assistente social da AMA 24horas, acompanhada pela assistente social da AMA 24horas Vera Lúcia, da supervisora técnica da AMA Especialidades, Tatiane Moreti e pelo supervisor técnico da AMA 24horas Luiz Piacezzi, fala sobre a preocupação com este tipo de violência e como as estatísticas aumentam com a presença de turistas.

Durante a palestra, Sarah destacou a importância do papel da família e a diferença entre abuso e exploração sexual. “A cada oito minutos uma criança é abusada sexualmente e a grande parte dos crimes acontece dentro da própria família", informou.


Sarah Borges, assistente social da AMA Capão Redondo, fala sobre abuso e exploração sexual infantil

'Cabe a nós denunciar'

A assistente social explicou os sintomas físicos e as mudanças comportamentais que podem indicar que a criança está sofrendo violência. Sarah leu ainda um relato de uma adolescente que vive em Itaquera, no entorno da Arena Corinthians, e sofreu abuso. “A festa da Copa não pode fechar nossos olhos para esta questão. Cabe a nós notificarmos e denunciar. Só assim conseguiremos mais políticas públicas para combate a violência”, enfatiza a assistente social. “É nosso papel como profissional de saúde e cidadão”, completa Tatiane Moreti.

Ao contar algumas experiências sobre pacientes e atendimentos, Piacezzi ressalta que os profissionais devem estar atentos e evitar qualquer julgamento. “Peço cuidado e atenção ao atender nossas crianças. Em casos de abuso e violência, temos a tendência de encontrar culpados. Mas não devemos esquecer que é a violência que gera a violência”, destacou o supervisor.

Logo após a apresentação aos colaboradores, a equipe segue para a recepção da Unidade para que as orientações sejam transmitidas também aos usuários. “Desde que passamos a promover esta palestra, percebemos o interesse das pessoas pelo assunto e o desejo de realizar as denúncias. É um trabalho que está valendo a pena”, elogia a supervisora Tatiane Moreti.


Tatiana Moreti sensibiliza os usuários sobre o tema na recepção da AMA

Núcleo de Proteção a Violência

A criação de um Núcleo de Proteção a Violência em cada Unidade de Saúde foi uma iniciativa da Supervisão Técnica do Campo Limpo. Os profissionais que compõe este núcleo colaboram oferecendo orientações, inclusive para a notificação de violência contra os colaboradores.


Vera Lúcia Barbosa e Dr. Luiz falam sobre a notificação em casos de violência sexual