Proteja pele e olhos durante os jogos da Copa do Mundo

Casos de câncer de pele no Município de São Paulo chegaram a 11.333. Ao assistir jogos da Copa evite exposição ao sol sem proteção entre 10h e 16h

Chapéus, guarda-sol e óculos escuros ajudam proteger a pele e os olhos dos raios ultravioleta

 

Por Keyla Santos


Dias ensolarados, de calor acima do normal para a estação, têm marcado o inverno em São Paulo. Quem vai aos estádios ou acompanha os jogos e curte os eventos ao ar livre na Fifa Fan Fest, no Vale do Anhangabaú, e assiste aos jogos nos bairros e nos telões da Prefeitura deve garatir a proteção da pele e dos olhos para evitar queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele. O ar seco – que prejudica a lubrificação dos olhos - e as aglomerações podem contribuir para o aumento dos casos de conjuntivite.


Pele
O percentual de cura do câncer de pele não melanoma pode chegar a uma taxa de 80% a 90%. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), os tumores de pele são os mais comuns devido à facilidade de diagnóstico. O paciente percebe rapidamente as lesões, pois elas aparecem em áreas expostas, o que torna fácil a identificação.
No Município de São Paulo, segundo o Registro de Câncer de Base Populacional (São Paulo), os casos notificados de câncer de pele não melanoma, em 2011, chegaram a 11.333. Desse total, 10.713 são de outras neoplasias (designação genérica para tumor) malignas da pele e 620 da pele do lábio. Ainda de acordo com o Inca, o câncer de pele não é considerado estatisticamente, porque a taxa de mortalidade é baixa, apesar do número excessivo de casos do tipo menos agressivo.
Para prevenir complicações na pele, é importante evitar os fatores de risco, como a exposição ao sol das 10 às 16h. Deve-se também utilizar filtro com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais e protetor labial. Chapéus, guarda-sol e óculos escuros ajudam proteger a pele e os olhos dos raios ultravioleta.

Olhos
A conjuntivite pode ser provocada por vírus, bactérias e fungos, assim como por alergia, contato com produtos químicos e introdução de corpo estranho. A transmissão ocorre quando as mãos ou objetos contaminados entram em contato com os olhos. Entre os sintomas estão: vermelhidão, inchaço, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, secreção ocular, intolerância à luz e pálpebras grudadas ao despertar. Os vírus causadores das conjuntivites permanecem viáveis no meio ambiente, em média por cinco horas, podendo aumentar esse período em condições ambientais favoráveis. Em geral, os dois olhos são afetados.

De acordo com o médico da equipe de Doenças Oculares Transmissíveis do Centro de Controle de Doenças (CCD) da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), Edson Vanderlei Zombini a baixa umidade do ar pode causar secura nas mucosas, inclusive na conjuntiva - uma membrana fina e transparente que recobre a parte interna das pálpebras e a parte branca visível dos olhos. “Essa condição, além de causar coceira e vermelhidão ocular, pode diminuir os mecanismos locais de defesa predispondo a uma infecção (conjuntivite infecciosa). Para evitar o desconforto, recomenda-se ingerir bastante água e lavar o rosto e as mãos com frequência”, disse Zombini.


Em casos de conjuntivite, é importante lavar frequentemente a fronha do travesseiro e a toalha de rosto e de banho, evitar locais coletivos nos cinco primeiros dias da doença e procurar atendimento médico.

 

Foto: Luiz Guadagnoli / SECOM