Hospital e Maternidade Professor Mário Degni é referência no atendimento às vítimas de violência sexual

Unidade conta com equipe multiprofissional e oferece acompanhamento completo a mulheres

Por Anne Miranda e Érika Rios

 

As marcas deixadas nas vítimas de violência sexual e doméstica duram por toda a vida. Infelizmente essas ocorrências são constantes. Para diminuir os danos causados pelos atos de violência, é importante que as mulheres busquem imediatamente um atendimento médico. Para isso, todos os hospitais e prontos-socorros da rede municipal de saúde estão preparados para receber esse tipo de paciente.

O Hospital e Maternidade Professor Mário Degni é referência no atendimento às mulheres vítimas de violência sexual. No local, as vítimas recebem tratamento especializado e apoio psicológico. De acordo com a diretora e ginecologista do hospital, Ginalda Zamboni, a unidade recebe vítimas de violência sexual a partir dos 12 anos de idade.

Ao chegar ao hospital, os pacientes recebem acompanhamento completo. São atendidas por uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. A vítima de violência sexual passa pela rotina ambulatorial e por atenção psicológica pelo tempo que for necessário.

Para a psicóloga Raquel Paranhos, o atendimento psicológico é fundamental nesses casos. “Tão importante quanto o atendimento médico, é o atendimento psicológico. Geralmente, a mulher chega arrasada, angustiada e com muito medo. Toda a equipe está prepara para acolher essas mulheres.”, afirmou a psicóloga.

 

Dentre as análises realizadas na chegada da vítima estão:

- A coleta de material biológico para a identificação do agressor por meio de exame de DNA;
- Contracepção de emergência;
- Exames para detecção de doenças sexualmente transmissíveis;
- Avaliação social e psicológica.
“Depois do exame, a gente verifica se a paciente precisa fazer anticoncepção de emergência e se ela precisa introduzir a medicação para o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis”, contou a diretora.

A vítima também tem o direito de decidir pela interrupção da gravidez. Segundo Ginalda, o aborto é realizado até 20 semanas e não precisa de autorização judicial, porque isso já está previsto pela justiça.

Registrar o boletim de ocorrência também é importante após o acontecido e a equipe do hospital orienta as vítimas com relação as medidas necessárias para o registro. “Nós orientamos as pacientes a fazer, mostrando para elas que isso é um direito, não uma obrigação. Elas fazem conforme acham que deve.”, contou Raquel.

Serviço:

Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mario Degni
Rua Lucas de Leyde, 257 - Rio Pequeno
Telefone: 3394-9330

Para consultar os hospitais da rede municipal de saúde que prestam esses tipo de atendimento, acesse o site da Prefeitura: www.prefeitura.sp.gov.br/saude