Ação de combate aos roedores foi intensificada no Figueira Grande

Objetivo foi prevenir a leptospirose e outras doenças transmitidas por roedores

SUVIS de M'Boi Mirim fez visita porta a porta em casas e comércios

 


Por Tatiana Ferreira
(matéria e fotos)

De 21 de julho a 11 de agosto, a Coordenadoria Regional de Saúde Sul intensificou o trabalho de controle de roedores na região próxima à Unidade Básica de Saúde (UBS) Figueira Grande, localizada em M’Boi Mirim. A atividade antecede uma solicitação da própria comunidade, preocupada com o surgimento de grande número de ratos no bairro.

O controle de roedores, além de visar prevenir a leptospirose e outras doenças transmitidas pelos roedores, buscou intensificar ações educativas com a população local e promover tratamento químico de locais estratégicos.

Neste período, a equipe da SUVIS M’Boi Mirim fez o mapeamento de pontos viciados em lixo. Também realizou inspeção e orientação em escolas e pontos estratégicos de combate à dengue, tratamento químico de praças públicas e de bueiros dos principais logradouros da região, como os próximos às ruas Baltazar de Sá, Daniel Klein, Adilson Brito (Chácara Santana) e Quetena (Alfredo), Avenida Leonilda Kimori e Estradas do M’Boi Mirim e do Guarapiranga. Foram distribuídos cartazes e informativos para as UBS Alfredo e Chácara Santana, onde houve orientação aos agentes comunitários de saúde, visita porta a porta em casas e comércios, atendimento a solicitações e investigações dos casos suspeitos de leptospirose.

Eliane Alves da Cruz trabalha em uma escola de inglês na Estrada M’Boi Mirim, local que recebeu recentemente a visita dos agentes de zoonoses. “Trabalho na região e acho ótimo este trabalho de prevenção e orientação da Prefeitura. É a primeira vez que recebo a visita dos agentes e gostei. A região precisa deste cuidado”, afirmou.

Dados parciais apontam que mais de 4 mil folhetos e 300 cartazes foram distribuídos, cerca de 120 bueiros foram desratizados e 38 solicitações atendidas.

Marcela explica que a Prefeitura está fazendo a parte dela, limpando constantemente os pontos viciados de descarte irregular de lixo e reforçando o trabalho de prevenção e orientação sobre a leptospirose. Porém, segundo ela, é preciso que a população contribua e faça sua parte. “A forma mais eficaz de combater os ratos é incentivar a mudança de hábito da população no sentido de adotar medidas preventivas que evitem que os ratos se instalem ou se proliferem. Por isto, sempre ressaltamos a importância de evitar os 4As (Abrigo, Acesso, Alimento e Água)”, explicou Marcela Satow, bióloga da SUVIS M’Boi Mirim.
 

120 bueiros da região foram desratizados 

 

 

Unindo esforços

Com o intuito de expandir ainda mais o conhecimento acerca da leptospirose na região, a SUVIS de M’Boi Mirim realizou no dia 22 de julho um treinamento com os agentes comunitários de Saúde da UBS Figueira Grande sobre medidas contra ratos e prevenção da leptospirose.

Temas como forma de controle, a doença e seus sintomas, formas de transmissão, medidas preventivas, inspeção domiciliar, tipos e características dos roedores, sinais de infestação, tipos de abrigos, tratamento químico e cuidados para evitar acesso dos animais às residências foram abordados no treinamento.

“O foco foi orientar os ACS sobre a melhor maneira de orientar os munícipes, os sinais da leptospirose, como é feito o tratamento químico nos bueiros contra os roedores e quando a população deve procurar a Zoonoses”, explicou Marcela.

O que é?

A leptospirose é uma doença muito grave causada por uma bactéria presente na urina do rato e que pode levar à morte.

Forma de contaminação

A leptospirose pode ser transmitida a partir do contato das pessoas com áreas alagadas por rios, córregos, água de chuva, água de esgoto, lama ou alimentos contaminados com a bactéria ou urina de animais infectados, especialmente dos roedores. Por isto, é importante evitar contato com áreas em que podem aparecer ratos, como lixos, depósitos e principalmente com água de enchente.

Sintomas


• Febre alta e dor de cabeça
• Dores no corpo e nos músculos, principalmente na panturrilha (batata da perna)
• Podem aparecer também náuseas, vômitos, cansaço, tosse, pele amarelada e olhos avermelhados, sangramentos, aumento ou diminuição do volume de urina

O que fazer em caso de suspeita?

Ir imediatamente a um serviço de saúde. Não tome remédios por conta própria.
Fale ao médico se você teve contato com enchentes ou locais possivelmente contaminados pela urina de ratos.

O que fazer em casa para prevenir?

• Não deixe exposta a comida dos seus animais de estimação (cães, gatos, pássaros e outros), principalmente à noite.
• Retire, acondicione e descarte o lixo adequadamente, colocando-o na rua pouco antes do coletor passar.
• Guarde bem os alimentos em potes bem fechados ou na geladeira.
• Não deixe restos de comida na mesa e no fogão e não acumule entulho e objetos sem uso em casa.
• Amarre bem os sacos de lixo e coloque-os em um lugar alto.
• Feche frestas e ralos que possam servir de entrada para os roedores (ratos adultos passam por vãos de 1,5 cm).
• Mantenha mato ou grama roçados.

 

A Prefeitura vem reforçando o trabalho de prevenção e orientação contra a leptospirose

 

Eliane Alves recebeu a visita da agente de zoonoeses

 

Equipe realizou inspeção e orientação em escolas e pontos estratégicos de combate à dengue

 

Mais de 4 mil folhetos e 300 cartazes foram distribuídos à população