Por Patrícia Pasquini

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em consonância com o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual da Saúde, realiza, durante o mês de setembro, na cidade de São Paulo, a Campanha de Vacinação contra o vírus HPV para meninas de 11 a 13 anos. Cerca de 8 mil profissionais de saúde serão mobilizados para a campanha. A vacinação será realizada nas 450 UBS da cidade, de segunda a sexta, das 8h às 17h. A relação dos postos pode ser consultada pelo telefone 156 ou pelo site www.prefeitura.sp.gov.br/covisa .

“O objetivo é proteger contra o câncer do colo uterino e verrugas genitais, doenças causadas pelo papiloma vírus humano. A vacina oferece proteção contra quatro vírus HPV, sendo dois de baixo e dois de alto risco”, explica a coordenadora de Imunização do Município, Maria Lígia Bacciotte Ramos Nerger.

O cronograma do Ministério da Saúde prevê vacinar em 2014 meninas com 11, 12 e 13 anos de idade. Em 2015, será a vez das meninas com 9, 10 e 11 anos e em 2016 quem estiver com 9 anos. A população indígena é um grupo de maior vulnerabilidade, por isso serão imunizadas as meninas indígenas com idades entre 9 e 13 anos no ano da introdução da vacina.

O esquema de vacinação adotado pelo Ministério da Saúde é o recomendado pelo Grupo Técnico Assessor de Imunizações (TAG) da Organização Panamericana de Saúde e aprovado pelo Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa Nacional de Imunização (PNI), composto por três doses:

Calendário
* a 1ª dose ocorreu entre 10 de março e 10 de abril;
* 2ª dose: em setembro (seis meses após a primeira dose), nas UBS;
* 3ª dose: cinco anos após a primeira dose, nas UBS.

Na primeira dose, foram vacinadas 245.434 meninas de 11 a 13 anos, o equivalente a 98% do público-alvo. Nesta segunda fase, deverão ser imunizadas 249.378. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é que no mínimo 80% dessas meninas recebam a segunda dose da vacina contra o HPV.
As contraindicações para a aplicação da vacina HPV são:
* reação anafilática aos componentes da vacina;
* reação anafilática em dose anterior;
* gestantes, uma vez que não há estudos conclusivos até o momento. Se a adolescente engravidar após o início do esquema vacinal, as doses subsequentes deverão ser adiadas até o período pós-parto. Caso a vacina seja administrada durante a gravidez, nenhuma intervenção adicional é necessária, somente o acompanhamento pré-natal.