Posso ajudar? Unidades da região Oeste melhoram recepção a pacientes

Projeto que orienta usuários diminui reclamações e tempo de espera para atendimento

Por Daniele Rodrigues

Quando um usuário entra em uma unidade de saúde é normal surgirem algumas dúvidas. Em qual sala é feita a consulta ou o exame? Onde retirar os remédios? E quando existem duas recepções? Muitas Unidades Básicas de Saúde (UBS) funcionam no mesmo prédio da Assistência Médica Ambulatorial (AMA), podendo confundir o paciente. Como forma de melhorar o atendimento, em alguns equipamentos da Coordenadoria Regional de Saúde Oeste (CRS Oeste) foram treinadas pessoas para auxiliar os pacientes. A função recebe nomes como “Projeto Orientador”, “Posso Ajudar?”, “Orientador de Fluxo” ou “Agente de Apoio”. O resultados são positivos.

A ação visa receber os pacientes na entrada da unidade e direcioná-los de acordo com suas necessidades, seja para saber sobre um procedimento ou onde localiza o setor procurado. A iniciativa já produz resultados positivos. Um exemplo é a AMA/UBS Paulo VI, que criou o Projeto Orientador há quase dois anos. Marconi Veloso Oliveira, enfermeiro da unidade, afirma que após a implantação do Projeto as queixas dos usuários diminuíram e, internamente, esta ação ajudou na organização do atendimento. Não há profissional específico na unidade para este trabalho. A tarefa é realizada de forma rotativa, dando a oportunidade a todos os funcionários de conhecer melhor os serviços oferecidos e as necessidades da população.

Nilton Odair, paciente da Rede Hora Certa Lapa, é testemunho dos progressos trazidos pelo projeto. Nilton diz ser bem atendido e que o auxílio do orientador diminui o tempo de espera na fila. Ele relata ainda que em uma das ocasiões em que esteve no serviço teve problemas com sua senha, mas, ao pedir ajuda ao profissional, rapidamente foi encaminhado para a consulta.

A satisfação não é percebida somente entre usuários. Funcionários como Maria Eunice da Silva, assistente administrativo da AMA/UBS Jardim São Jorge, sentem-se realizados ao exercer a função. Ele recepciona os usuários há dois anos. “Consigo resolver o problema de todo mundo. Ninguém sai insatisfeito e eu gosto disso, das coisas resolvidas. Eu me sinto realizada ao ouvir as pessoas me agradecendo”, afirma Eunice.

Na UBS Integral Jd. Edite, o orientador agrega a função a outras atribuições. Além de entregar a senha e orientar os usuários sobre o fluxo da unidade, ele faz coleta de dados para identificar as principais características da população. Também realiza busca ativa de pacientes com tuberculose e hanseníase.