UBS Parque Araribá comemora Dia Estadual de Hanseníase

Intuito da confraternização foi conscientizar a população sobre a doença

O objetivo do evento foi conscientizar a população sobre a doença e integrar ainda mais o grupo “Os Vencedores” com a equipe da UBS

Por William Amorim

No último dia 27 de janeiro, a UBS Parque Araribá, localizada no Campo Limpo, comemorou na própria unidade, em parceria com o CAPS Álcool e Drogas (AD) Campo Limpo, o dia Estadual da Hanseníase. O objetivo do evento foi conscientizar a população sobre a doença e integrar ainda mais o grupo “Os Vencedores” (pacientes em acompanhamento de Hanseníase) com a equipe da UBS.

Os pacientes foram convidados a participar de atividades promovidas pela Unidade com a organização do NASF e da farmacêutica, em parceria com o grupo musical do CAPS AD, composto por psicólogo, médico e auxiliar de enfermagem.

No primeiro momento os pacientes participaram de atividades educativas. Na sequencia, foi feita uma confraternização com todo o grupo. Ao final, o grupo musical do CAPS AD fez uma apresentação.

Com essa interação, notou-se uma maior aceitação dos pacientes ao tratamento, a desmistificação da doença por parte dos demais pacientes, a interação entre pacientes e equipe das Unidades de Saúde e possibilidade para esclarecer as dúvidas e mitos sobre a hanseníase.

Ao final, o grupo musical do CAPS AD fez uma apresentação

A doença e seu tratamento

Há quatro formas clínicas de hanseníase: indeterminada, turbeculoide, dimorfa e virchowiana. As duas primeiras são classificadas como formas paucibacilares, ou seja, com poucos bacilos; e as outras duas são multibacilares, e, portanto, capazes de transmitir por via respiratória em um contato íntimo e prolongado - morar junto, dormir no mesmo quarto, etc.

Convívios esporádicos têm pouca chance de contaminação. Além disso, 90% das pessoas dispõem de resistência natural aos bacilos da hanseníase, mesmo entrando em contato com eles. Dos 10% restantes, têm mais chances as pessoas que possuem convívio intenso e íntimo com as formas transmissíveis. Quando uma pessoa é diagnosticada com a doença, toda a família e as pessoas de seu convívio domiciliar devem ser investigadas.

As medidas de controle da doença visam à interrupção da cadeia de transmissão que ocorre por meio do tratamento dos pacientes acometidos e de exame e vacinação dos familiares com os quais mantiveram contato.

Quanto mais precoce o diagnóstico, menor o risco de transmissão da doença e menores as complicações e sequelas provocadas pelo comprometimento dos nervos periféricos que caracterizam essa patologia.