‘Bloco’ da SUVIS Lapa/Pinheiros leva informações sobre dengue para a folia

Fantasiados de mosquitos, agentes de zoonoses entram no Carnaval para ensinar como se proteger do Aedes aegypti

Os Agentes de Zoonoses Erick Gomes Dos Santos e Catia Cristina Jiorgio, forneceram informações à população sobre como agir para que o mosquito da dengue não faça a festa no Carnaval da cidade

Por Daniele Rodrigues

Dengue não rima com saúde. Nem com folia. Por isso, no último sábado (7/2) o desfile de blocos da Vila Madalena ganhou em animação com a presença de dois foliões que chamaram a atenção de quem foi curtir o bloco Bangalafumenga. Fantasiados de mosquito da dengue, Erick Gomes dos Santos e Cátia Cristina Jiorgio, agentes de zoonoses da Suvis Lapa/Pinheiros, viraram atração e motivo para selfies. Mais importante: forneceram informações à população sobre como agir para que o mosquito da dengue não faça a festa no Carnaval da cidade.

As fantasias de mosquito foram confeccionadas por toda a equipe da Suvis. A ideia surgiu em 2014, em meio aos casos da doença na cidade. Inicialmente, o grupo se apresentou com uma peça teatral em escolas públicas da região da Lapa e Pinheiros. “As pessoas, tanto crianças quanto adultos, estão recebendo a nossa ideia muito bem. Já recebemos convites para nos apresentarmos em outros lugares. Na semana que vem nos apresentaremos numa Igreja”, afirmou Cátia.

O desfile aconteceu em 7 de fevereiro, dia D de combate à dengue, quando Ministério da Saúde e Secretaria Municipal da Saúde convocaram a população para reforçar os cuidados para combater o Aedes aegypti. Durante a atividade, os “dengosos”, como foram batizados pelos foliões, subiram no carro de som, explicaram como evitar o mosquito e aproveitaram para falar sobre a febre chikungunya (doença viral, transmitida pelo mosquito da dengue). “Sabemos que é festa, mas estamos aproveitando para, no meio do ôba-ôba, lembrar que a dengue pode matar”, explicou Erick.

Visitas diárias

Diariamente a SUVIS visita todos os bairros sob sua supervisão, distribuindo folhetos, colando cartazes e abordando pessoas na rua com o objetivo de alertar a população sobre a dengue. Em visita a residências, se verifica a existência da doença e, caso seja encontrada, é feita uma notificação. Um dos bairros que mais sofreu em 2014, com o surto da dengue, foi o Jaguaré. Com as ações da SUVIS, a região ainda não apresentou, este ano, casos autóctones (originados na área) da doença. Ao contrário do que se imagina, a nebulização (fumacê) é usada apenas em surtos ou epidemias, quando todas as ações contra a doença não surtiram efeito. O fumacê não elimina os criadouros, somente o mosquito. Assim, são necessários alguns cuidados.