Saúde monitora 8 casos da variante delta no município

SMS faz o rastreamento de todas as ocorrências para identificar a origem da contaminação

Com rastreamento ativo e sequenciamento genético, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) monitora oito casos da variante delta do coronavírus registrados na capital paulista. São quatro casos na região da Mooca, Belenzinho, Aricanduva (zona leste), dois na Vila Guilherme, (zona norte) e outros dois verificados em análises de pacientes de hospitais privados no município. Todos os pacientes diagnosticados com a variante de estão bem.

Os resultados foram obtidos a partir de uma análise dirigida com testes positivos obtidos nesses locais. Semanalmente, a SMS envia 60 amostras colhidas nos 96 distritos da cidade para os institutos Butantan, Adolfo Lutz e de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP).

O primeiro teste positivo para a variante delta na capital foi registrado no dia 7 de julho, em um homem de 45 anos, que estava na cidade de passagem e que já voltou ao Rio de Janeiro, onde é monitorado pelas autoridades sanitárias cariocas.

O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, aponta que o rastreamento é essencial para que esses casos sejam descobertos. "Seguiremos com as medidas de rastreamento de todos esses casos, que serão acompanhados pelos nossos técnicos e profissionais para saber se houve contato com viajantes", explicou o secretário, durante entrevista coletiva sobre medidas para a volta às aulas presenciais, no dia 2 de agosto.

Sobre o retorno presencial às aulas, o secretário comentou que São Paulo foi uma das poucas cidades do mundo que não tratou a educação como um setor da economia.

"Nos baseamos no trabalho da Vigilância Sanitária e nos inquéritos sorológicos com professores, funcionários e alunos das redes pública e privada. Além disso, monitoramos todos os surtos de síndrome gripal nos territórios", destaca.

O secretário disse que, com o avanço da vacinação contra a Covid-19 é possível ter um retorno com segurança às escolas. Até o início de agosto, mais de 80% dos paulistanos deverão ter tomado a primeira dose ou a dose única no município.

"Trabalhamos com base na fotografia da pandemia do momento. Ela nos permite avançar ou mesmo recuar, caso necessário. Neste momento é possível ir normalizando a vida na cidade. Preparando a população para a melhor maneira de enfrentar a pandemia", conclui.

A Covid-19 na cidade
Mantidas as condições atuais, a cidade caminha para um cenário mais controlado da doença. A projeção da SMS é a de que em 1º de agosto as internações em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermarias voltem ao patamar de dezembro do ano passado.

Até ontem (19), o município tinha 688 pessoas internadas em UTIs, o que equivale a 53% dos leitos ocupados. Nas enfermarias, eram 438 leitos ocupados (32%).

Outro dado relevante é que a cidade espera vacinar todas as pessoas maiores de 18 anos com a primeira dose ou a dose única da vacina contra a Covid-19 até o dia 15 de agosto.

A baixa no número de internações passou a ser mais visível depois que 40% da população elegível, de até 18 anos, foi vacinada. Hoje, esse número supera os 70%.

O município aplicou, até esta terça-feira (20), 8.952.627 doses de vacina contra a Covid-19. São 6.547.612 (D1), 2.099.848 (D2) e 305.167 doses únicas, o que equivale a 26,1% da população elegível vacinada com a segunda dose ou dose única.

Atualmente, um em cada quatro paulistanos já recebeu as duas doses da vacina contra a Covid-19 ou a dose única do imunizante.