Grávida, Michele Mayer de Oliveira completa esquema vacinal em casa

Capital iniciou força-tarefa para completar vacinação de 652 gestantes e puérperas, que receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca antes da orientação de não aplicação do imunizante neste grupo

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) começou nesta segunda-feira (26), a força-tarefa domiciliar das equipes de saúde para vacinar com a 2ª dose da Pfizer as 652 gestantes e puérperas residentes da cidade de São Paulo que receberam a 1ª dose da vacina Oxford/AstraZeneca. Grávida da terceira filha e fazendo acompanhamento no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, referência na área, Michele Mayer de Oliveira, 34 anos, completou seu esquema vacinal contra Covid-19 nesta manhã, em casa.

Foto de vacinação. À direita da imagem, uma mulher vestindo uma blusa preta está sentada. Ela usa uma máscara de proteção azul, tem cabelo um pouco abaixo do ombro e está recebendo a dose da vacina em um dos braços. Ao lado dela, aplicando a dose, está uma enfermeira curvada, vestindo um jaleco branco, máscara de proteção branca e cabelos presos.

Vacinada com a 1ª dose da AstraZeneca, Michele recebeu a 2ª dose da Pfizer nesta segunda em sua casa (Foto: Divulgação/SMS)

A descoberta da gravidez, em fevereiro deste ano, foi um turbilhão de emoções e surpresas. Ela tinha acabado de retirar o dispositivo intrauterino (DIU).

Além disso, por trabalhar na área da Saúde, Michele logo sentiu medo de contrair o coronavírus. Auxiliar de enfermagem na AMA/UBS Integrada Cangaíba, era ela responsável pela realização dos testes de Covid-19 na unidade.

Assim que soube da gestação, informou à equipe gestora, que decidiu deixá-la em casa, especialmente por ter hipertensão e diabetes, consideradas comorbidades.

Duas mulheres estão sentadas em um sofá preto. A parede atrás é branca. À direita da imagem, uma das mulheres sentadas é uma profissional de saúde vestindo um jaleco branco e máscara de proteção branca. Ela está olhando para uma ficha que a outra mulher, sentada ao seu lado, está assinando. A mulher veste uma blusa preta, calça preta e uma blusa de frio vermelha aberta.

Grávida de 29 semanas, Michele tem previsão de parto para a primeira quinzena de outubro (Foto: Divulgação/SMS)

Michele recebeu a primeira dose da vacina AstraZeneca em 3 de fevereiro e ficou muito feliz em receber a segunda dose da Pfizer. Ela conta que estava angustiada com a incerteza do futuro e com medo de pegar Covid-19 no parto, previsto para a primeira quinzena de outubro.

A auxiliar de enfermagem acredita que muitas gestantes não tomaram a vacina por medo, mas espera que todas recebam o imunizante para ter mais tranquilidade, segurança e esperança. "A vacina é a certeza de que tudo vai dar certo e melhorar", diz.

Intervalo
A autorização para aplicação do imunizante da Pfizer em segunda dose para este grupo, segue o Programa Estadual de Imunizações (PEI). Em junho, houve uma orientação do Ministério da Saúde para que o imunizante da Oxford/AstraZeneca não fosse mais aplicado em gestantes e puérperas.

Para identificar as mulheres que haviam tomado a primeira dose de AstraZeneca e fazer a vacinação em cada residência, a lista das gestantes e puérperas elegíveis foi enviada para as respectivas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Nessa lista constam o nome, data da primeira dose, imunizante recebido, e data prevista para a segunda dose.

A partir dessas informações, as equipes de saúde das UBSs ficam responsáveis por contatar essas mulheres e agendar a vacinação em suas casas.