Agosto Dourado: os sete principais mitos e verdades sobre a amamentação

Saúde aproveita a campanha de aleitamento materno para esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto

Considerada um dos momentos mais marcantes da maternidade, a amamentação pode também ser motivo de preocupação para muitas mães de primeira viagem que ainda têm dúvidas em relação ao tema.

Aproveitando o Agosto Dourado, mês voltado à campanha de aleitamento materno, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) esclarece alguns mitos e verdades sobre o assunto. Afinal, para uma maternidade saudável, é preciso que a mulher tenha informação e autonomia para tomar as melhores decisões para si e para seu filho.

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1. A criança deve mamar a cada duas ou três horas
Mito. A mãe deve oferecer o leite em livre demanda, ou seja, sempre que o bebê sentir fome.

Cada criança tem suas próprias características. Umas sugam mais rapidamente que outras. Algumas interrompem a mamada, descansam, olham e voltam a mamar. Quando a criança está satisfeita, ela para de sugar e solta a mama. Outras já satisfeitas adormecem na mama e soltam-na facilmente.

2. Algumas mães produzem leite fraco
Mito. Cada mãe produz o leite adequado para as necessidades de seu bebê.

Aliás, não existe leite fraco. O leite materno é produzido diariamente, na quantidade solicitada pelo bebê e atendendo às necessidades nutricionais dele. O que ocorre é que o bebê, à medida que cresce e desenvolve seu estômago, também solicita maior volume de leite. É por isso que ele, de um dia para outro, passa a pedir mamadas com mais frequência.

A recomendação é que a mãe deve dar de mamar quantas vezes o bebê pedir, durante dia e noite.

3. Mamadeira e chupeta interferem no aleitamento
Verdade. Os bicos de chupetas e mamadeiras aumentam o risco de desmame, principalmente se forem dados precocemente. Isso porque o uso de chupetas, bicos, mamadeiras ou “protetores de mamilo” faz o bebê ficar confuso para mamar, tendo em vista que a forma de abocanhar e sugar o peito é muito diferente do bico artificial e, por isso, ele pode parar de mamar.

Também aumenta o risco de o bebê ter diarreias, pneumonias, além de problemas ortodônticos e fonoaudiológicos futuros.

Na imagem, há dois pés de um recém-nascido com o fundo desfocado. Ele está coberto em uma manta rosa.

O leite materno é o alimento mais importante para a saúde do bebê (Foto: Divulgação)

4. As fórmulas atuais são quase como o leite materno
Mito. As fórmulas que existem no mercado não contêm os anticorpos, células vivas, enzimas ou hormônios presentes no leite materno. Além disso, podem produzir alergia à proteína do leite de vaca.

5. Estresse e ansiedade prejudicam a produção de leite
Verdade. A adrenalina liberada pelo estresse interfere na quantidade de prolactina, hormônio responsável pela produção do leite. No entanto, essa “diminuição” causada pelo estresse é momentânea.

6. Quanto mais líquido a mãe ingerir, mais leite terá
Mito. A mãe vai produzir leite independentemente da quantidade de líquido que ingerir.

O que ocorre com a maioria das mulheres é que, amamentando, a sede aumenta e aí o líquido ingerido será importante para repor o que a mãe está perdendo.

7. O bebê que mama no peito não precisa tomar água
Verdade. Logo que o bebê começa a mamada, o primeiro leite que vem é 80% líquido, suficiente para matar a sede da criança, além de ter anticorpos.

O leite humano, em sua composição, apresenta cerca de 87,5% de água, uma baixa carga de soluto, o que evita a sobrecarga renal. Bebês exclusivamente amamentados não precisam de água adicional. Inclusive, oferecer água regularmente pode diminuir a frequência das mamadas.

Bancos de leite disponíveis na saúde municipal
O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com uma rede de bancos de leite que coleta, processa e distribui leite materno para recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da capital. Para saber mais sobre esse serviço, assista ao vídeo do programa "Dona de Mim", do canal da SMS no YouTube.