Rastreamento dos casos de Covid-19 mostra que 42,2% dos contatos se infectaram

Análise do monitoramento RastCov reforça importância do uso de máscaras para prevenir a doença; equipamento segue obrigatório na cidade, em lugares abertos e fechados

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) apresentou nesta quinta-feira (14) os resultados do RastCov, a avaliação do monitoramento de contatos de casos de Covid-19 no município com a consolidação de dados do rastreamento, monitoramento e testagem de contatos de casos positivos da doença detectados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para análise do perfil de transmissão do vírus.

Os dados apontam que 42,2% dos contatos monitorados se infectaram. A maioria deles vive na mesma residência, o que reforça a importância de se manter a quarentena, quando um caso positivo é identificado, além da manutenção de medidas não farmacológicas, como evitar participar de aglomerações e manter o uso de máscaras.

Os cidadãos detectados com Covid-19 passam por um teste de antígeno. O procedimento é adotado tanto para aqueles com sintomas como os assintomáticos que tiveram contato com pessoas com caso positivo.

Na maior parte dos casos, a transmissão se dá antes do início dos sintomas. O pico acontece 24 horas antes desses sintomas se manifestarem. O monitoramento é fundamental para entender o cenário atual do comportamento da Covid-19 e evitar a expansão dos casos da doença na cidade de São Paulo.

Com base nesses indicativos, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, reforça a importância da manutenção do uso de máscaras na capital.

“Recomendamos fortemente a utilização de máscaras em ambientes fechados e abertos. Haverá uma nova rodada dessa pesquisa até o dia 10 de novembro. Até lá nada muda na cidade”, afirmou.

Situação epidemiológica

Mesmo com a presença da variante delta como predominante no município, com cerca de 96% das amostras em que foi possível identificar a linhagem, o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) tem se mostrado estável, desde o final de julho.

O estudo que identifica as linhagens é realizado semanalmente por meio de parceria da Prefeitura de São Paulo com o Instituto Butantan, Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Adolfo Lutz.