A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) lançou nesta quarta-feira (18) o programa educativo “Viva a vida com diabetes”, voltado para o aperfeiçoamento das habilidades dos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) da capital para o tratamento de munícipes com a doença.

O programa é resultado de um projeto-piloto bem-sucedido desenvolvido na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Waldomiro Pregnollato, entre os anos 2000 e 2017, com o objetivo de conscientizar pessoas que vivem com diabetes sobre o que é a doença e quais as consequências para quem não realiza o controle adequado dos níveis glicêmicos.

De acordo com a área técnica de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Coordenadoria de Atenção Básica, o “Viva a vida com diabetes” busca promover o cuidado integral dos portadores de diabetes mellitus insulinodependentes cadastrados no Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG) por meio de ações educativas com foco na prevenção das complicações crônicas.

A secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde (Seabevs) da SMS, Sandra Sabino Fonseca, reforça o potencial da educação em saúde, eixo fundamental do programa, como ferramenta eficaz para o autocuidado. “Queremos que a população com diabetes mellitus tenha total capacidade para acompanhar a evolução do próprio tratamento, visando maximizar os recursos disponíveis na rede municipal e fornecer aos pacientes conhecimento, habilidades e a responsabilidade de efetuar mudanças de atitudes com foco na melhora da saúde”, explica.

Para atender aos objetivos propostos, o programa se dividirá em quatro etapas. Em um primeiro momento, haverá capacitações para as equipes das UBSs por meio de videoaulas preparadas pela Escola Municipal de Saúde (SEM). A pasta desenvolveu uma cartilha educativa nutricional que reforça os cuidados que os portadores de diabetes mellitus devem ter quanto à alimentação e estilo de vida.

Na segunda etapa, as UBSs deverão implantar grupos interdisciplinares e educativos de promoção à saúde entre a população assistida pelo PAMG sobre a doença e suas complicações a fim de incentivar o autocuidado e adesão ao tratamento. De acordo com a área técnica, cerca de 124 mil munícipes são assistidos pelo Programa de Automonitoramento Glicêmico na cidade de São Paulo.

Em seguida, os pacientes insulinodependentes inseridos no PAMG terão consultas agendadas com médico, enfermeiro, nutricionista e farmacêutico, além de passarem por triagem odontológica, a cada três meses. Haverá também monitoramento dos índices glicêmicos dos munícipes mensalmente como forma de reforçar o cuidado.

Avança Saúde Diabetes

O lançamento do programa educativo antecede a realização do Avança Saúde Diabetes, ação de promoção à saúde de pessoas com diabetes mellitus da capital paulista, que ocorrerá no próximo dia 28, nas 470 UBSs de São Paulo. A iniciativa, que será realizada das 8h às 17h de sábado, contará com o monitoramento glicêmico de cidadãos assistidos pelo PAMG, atendimento médico, de enfermagem, farmacêutico e nutricional, além de busca ativa de pessoas com diabetes sem diagnóstico.

As UBSs podem ser encontradas por meio da plataforma Busca Saúde.