Fumantes vivem menos e desenvolvem uma série de doenças e problemas relacionados à dependência do tabaco, que vão da infertilidade ao diabetes e ao câncer de pulmão. Listamos a seguir apenas algumas das muitas consequências do tabagismo para a saúde. As fontes são o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
1 - Os fumantes possuem uma expectativa de vida 10 anos em média menor que os não-fumantes.
2 - A cada tragada de um cigarro, toxinas e carcinógenos são liberados para o corpo, dos quais ao menos 70 substâncias são conhecidas por causar câncer.
3 - Mais de um milhão de pessoas morrem todos os anos no mundo devido à exposição ao fumo passivo.
4 - Os filhos de fumantes sofrem redução da função pulmonar, o que continua a afetá-los na forma de distúrbios respiratórios crônicos na idade adulta.
5 - Fumantes têm até duas vezes mais risco de derrame e quatro vezes mais risco de doenças cardíacas.
6 - Fumar é um fator de risco para demência; cerca de 14% dos casos do mal de alzheimer em todo o mundo podem ser atribuídos ao tabagismo.
7 - Mulheres que fumam têm maior probabilidade de menstruação dolorosa e sintomas de menopausa mais severos. Além disso a menopausa ocorre de um a quatro anos antes em mulheres fumantes.
8 - O tabaco é o principal causador do câncer de pulmão. No Brasil, em 2020, um total de 16.009 homens e 12.609 mulheres morreram em consequência de câncer do pulmão, traqueia e brônquios. Além disso, a taxa de sobrevida média em cinco anos para casos de câncer de pulmão é de apenas 18%.
9 - Fumantes têm maior probabilidade de sofrer de infertilidade, dificuldade de engravidar, partos prematuros, bebês com baixo peso ao nascer e aborto espontâneo.
10 - O tabaco envelhece prematuramente, deixa a pele enrugada, fazendo o fumante parecer mais velho mais rápido, porque fumar desgasta as proteínas que dão elasticidade à pele, esgotando a vitamina A e restringindo o fluxo sanguíneo.
Rede municipal oferece apoio a quem quer parar de fumar
Com o objetivo de reduzir a prevalência de fumantes e a consequente mortalidade relacionada ao consumo do tabaco, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento totalmente gratuito para quem deseja parar de fumar, por meio do Programa Cessação de Tabagismo, promovido em conjunto com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo.
Na rede municipal de saúde, esse atendimento é feito regularmente pela Coordenadoria de Atenção Primária, que está preparada para realizar o acolhimento e o acompanhamento de tabagistas que querem abandonar o vício. Desde o seu lançamento, em 2016, o programa já atendeu 9.250 cidadãos na capital.
Para ter acesso ao tratamento, basta procurar uma UBS, levar a identidade e se inscrever no Programa Cessação de Tabagismo. O atendimento oferecido nas unidades inclui desde a avaliação clínica até terapia medicamentosa, se houver necessidade. Nos encontros, são abordados temas que levam a compreender os motivos que o levam a fumar, os riscos deste consumo, os benefícios de parar de fumar e até como prevenir as recaídas.
O tratamento para eliminar a dependência pelo cigarro contempla encontros semanais. São três meses de atendimento e um ano de acompanhamento. As sessões podem ser organizadas em grupo ou individuais, coordenadas por profissionais de saúde de nível superior e uma equipe multiprofissional.
Na consulta, os profissionais de saúde analisam a motivação do paciente em deixar de fumar, o nível de dependência física à nicotina e a eventual existência de comorbidades psiquiátricas. Também colhem a história clínica e se há indicação ou contraindicação de uso de medicamentos. O paciente que estiver em uso de qualquer tipo de medicamento será acompanhado em consultas subsequentes pelo profissional de saúde que o prescreveu.