A zona norte de São Paulo concentra 196 equipamentos municipais de saúde, entre eles 94 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), para atender uma população de mais de 2,3 milhões de habitantes. Foi para trocar experiências das equipes junto a esses cidadãos que a Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRSN) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou, na última terça-feira (26), um evento para compartilhar relatos e experiências exitosas em vigilância em saúde nas seis supervisões técnicas que compõem o território.
O encontro, que reuniu centenas de profissionais e teve a presença da coordenadora da CRSN, Dra. Ana Cristina Kantzos, e do coordenador de vigilância em saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Luiz Artur Vieira Caldeira, apresentou temas considerados prioritários em vigilância em saúde, que compreende ações de monitoramento e controle em várias áreas, inclusive ambiental, visando a saúde pública.
Foram apresentadas experiências com Arboviroses, Violência, Transtorno de Acumulação, Tuberculose, Esporotricose, Imunização e Sífilis, além da criação dos Núcleos de Vigilância em Saúde na Atenção Básica (Nuvis-AB).
Núcleos de Vigilância em Saúde
“As experiências compartilhadas já refletem o movimento dos equipamentos da Regional Norte de implementar os Nuvis, conforme está previsto no Plano Municipal de Saúde 2022-2025, com o objetivo de fortalecer as ações de vigilância em saúde dentro da rotina das Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, comenta Vanessa Cristina de Oliveira Santos, assessora técnica da Atenção Básica da CRSN.
Este trabalho envolve as Supervisões Técnicas de Saúde, as Unidades de Vigilância em Saúde e as UBSs na organização, avaliação e monitoramento da situação de saúde da população da área de abrangência. O objetivo é implementar ações de promoção e proteção de acordo com as características e necessidades em saúde de cada território, aprimorando e qualificando a assistência prestada.
Vanessa salienta que os Nuvis contam sempre com um interlocutor, ou seja, um profissional responsável pelo Núcleo, além de um profissional médico, um enfermeiro, um agente comunitário de saúde (nos casos das unidades com modelo de Estratégia e Saúde da Família), e um membro da equipe multidisciplinar da unidade (farmacêutico/psicólogo/terapeuta ocupacional, fisioterapeuta/assistente social).
Entre os exemplos das ações exitosas apresentadas no evento, um dos destaques foi em imunização, com ênfase na vacinação de crianças menores de cinco anos. Na Supervisão Técnica de Saúde de Pirituba, por exemplo, este índice chega a 95%, graças a uma série de iniciativas de mobilização que envolvem busca ativa das crianças não vacinadas, parcerias com escolas e ampla divulgação, em todo o território, da importância da imunização.