Rede municipal oferece preservativos como método contraceptivo e de proteção

O uso adequado dos métodos de barreira evita gravidez e infecções como clamídia, gonorreia, herpes genital e Aids; a retirada é feita gratuitamente na rede municipal

Embora a iniciação sexual entre adolescentes brasileiros aconteça cada vez mais cedo, o uso de métodos contraceptivos de barreira como os preservativos internos e externos não avança na mesma velocidade.

Segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), o percentual de adolescentes entre 13 e 17 anos que usaram preservativo na última relação entre os anos de 2009 e 2019 caiu de 72,5% para 59%.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) recomenda o uso de camisinhas externas e internas como método de proteção, durante as relações sexuais, para proteger contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e gravidezes não planejadas.

Para isso, a rede municipal de saúde disponibiliza o material gratuitamente em todos os seus equipamentos, como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), AMAs/UBSs Integradas, Serviços de Assistência Especializada (SAE), Centros de Testagem de Aconselhamento (CTA), hospitais e maternidades. Os preservativos também estão disponíveis nas estações de metrô e terminais de ônibus da cidade.

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Preservativos externos e internos
Os preservativos externos são feitos de látex e devem ser usados em relações sexuais que envolvam penetração vaginal, anal ou oral. O uso desse método preventivo deve ser feito com o pênis ereto e, para prevenir infecções pelo HIV, sífilis, gonorreia e as hepatites do tipo B e C, a barreira jamais pode ser retirada durante a relação sexual.

Da mesma forma, os preservativos internos também são feitos de látex ou borracha nitrílica. Este método preventivo foi pensado para pessoas com vagina e, portanto, não há a necessidade de aguardar a ereção peniana. Além disso, esta barreira pode ser colocada horas antes da relação sexual.
ISTs podem ser evitadas

Os preservativos são métodos de barreira altamente eficientes, pois além da função contraceptiva barram a entrada de vírus ou bactérias transportadas pelas ISTs como cancro mole, clamídia, gonorreia, herpes genital, HIV, entre outras.

É importante destacar que estas infecções são silenciosas e acometem órgãos genitais (vagina, pênis e ânus) e outras partes do corpo como palmas das mãos, garganta, boca e língua. Além disso, muitas vezes, demoram para apresentar sinais ou sintomas dificultando o diagnóstico precoce e a administração correta de medicamentos. Por isso, o uso dos preservativos é essencial para a prevenção.

Outra maneira de conscientizar jovens acerca do uso de métodos contraceptivos ainda é a conversa. Na adolescência, é comum a introspecção, vergonha ou o sentimento de superioridade. Falar abertamente sobre as consequências negativas do sexo desprotegido, ensinar a maneira correta de usar e estar disposto a dialogar, pode ser um bom caminho para aumentar o uso de preservativo entre os adolescentes.

A relação das unidades da rede municipal de saúde pode ser encontrada na página Busca Saúde.