Capital estabelece medidas sanitárias para prevenção e controle da monkeypox em escolas

Documento elaborado pela Saúde em parceria com a Educação Municipal orienta cuidados que devem ser adotados pelas instituições de ensino

O comitê técnico operacional para o enfrentamento da monkeypox (varíola símia) na capital, publicou nesta quinta-feira (25), em parceria com a Secretaria Municipal da Educação (SME), medidas sanitárias para prevenção e controle da doença nas escolas.

O documento traz medidas gerais de prevenção a serem seguidas pelas instituições de ensino como intensificar a higienização de superfícies e objetos, especialmente os de uso comum, manter os ambientes bem arejados e ventilados, disponibilizar recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou pias com água e sabão para lavagem das mãos.

Há recomendações específicas para a educação infantil, como separar as crianças em grupos ou turmas fixas, evitar que sejam realizadas trocas de participantes dos grupos, recomendar o uso de máscaras por todos maiores de 2 anos de idade durante a permanência na unidade ou no transporte escolar, não compartilhar objetos sem higienização prévia ou objetos de cunho pessoal, como canetas, lápis, celulares entre outros.

Todas as pessoas que apresentarem sinais ou sintomas para a monkeypox, como lesões na pele associadas ou não a febre, ínguas, cansaço e dores de cabeça, musculares e nas costas, devem procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação e confirmação diagnóstica. Em casos confirmados, é recomendado que o paciente fique em isolamento por 21 dias ou até que as erupções cutâneas tenham desaparecido, ou seja, até que todas as crostas tenham caído e uma nova camada de pele intacta tenha se formado. Após os 21 dias de isolamento, a criança e/ou profissional de educação que teve seu diagnóstico confirmado, deverão passar por nova avaliação médica para o retorno seguro às atividades escolares.

Além disso, a orientação é que os profissionais de educação façam diariamente busca ativa (verificação do aparecimento de possíveis sintomas) de casos entre os alunos e ao identificar um estudante com sinais e sintomas compatíveis com a doença acionem imediatamente pais ou responsáveis, e orientem que compareçam à escola levem a criança a uma unidade de saúde. Nesse ínterim, o aluno deve permanecer sob supervisão, com uso de máscara facial bem ajustada cobrindo a boca e o nariz, em local restrito, separado dos demais estudantes.

O documento na íntegra está disponível na página da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da SMS.

Ações e monitoramento
Desde maio, com o registro dos primeiros casos no mundo, a Covisa deflagrou alertas para a rede municipal, com orientações para busca ativa e monitoramento de casos suspeitos nos serviços de saúde. Posteriormente, foram adotadas outras medidas para conter a disseminação do vírus, como elaboração de fluxograma de atendimento, protocolo de assistência laboratorial e capacitações, como a realizada em 2 de agosto pelo canal de YouTube da prefeitura, dirigida a profissionais e gestores de saúde e educação, esclarecendo medidas a serem adotadas para conter o avanço da doença no munícipio.

Além disso, a SMS firmou uma parceria com o Conselho Regional de Enfermagem do município (Coren-SP) e com o Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) para habilitar enfermeiros como multiplicadores responsáveis por disseminar, em cada região da cidade, o procedimento correto para realização de coleta biológica para teste de monkeypox. Foram treinados, inicialmente, 60 profissionais de enfermagem das seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs) da capital e das Organizações Sociais de Saúde (OSSs) parceiras que deverão multiplicar para outros 600 enfermeiros da atenção primária. A capacitação foi dividida em quatro turmas de 15 enfermeiros multiplicadores e realizada de modo presencial na unidade do Coren-SP Educação. O curso foi ministrado por profissionais de enfermagem da educação permanente do Emílio Ribas.

O primeiro caso de monkeypox na cidade foi registrado no dia 9 de junho, e até esta quarta-feira (24), o total de pacientes confirmados é de 1.912. Os dados são do Boletim Monkeypox, disponível no site da SMS.

O atendimento para os casos suspeitos de infecção vem sendo realizado em toda a rede municipal de saúde, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs), prontos-socorros e prontos atendimentos da capital.

Como medidas gerais de prevenção, a SMS recomenda à população:

> evitar contato íntimo, como beijar, abraçar ou manter relações sexuais com pessoas que tenham erupções cutâneas e ou que tenha tido diagnóstico confirmado para monkeypox;

> usar máscara (cobrindo boca e nariz) para proteção contra gotículas e saliva;

> não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, brinquedos e
objetos de uso pessoal;

> higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel.