Saúde orienta escolas e estabelecimentos de serviços sobre prevenção e controle da monkeypox

Documentos enfatizam cuidados de higiene para evitar a propagação do vírus, além da busca ativa de casos, nos colégios

De acordo com o Boletim Monkeypox, publicado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na última sexta-feira (9), a cidade de São Paulo tinha 2.344 casos confirmados de monkeypox (varíola símia). Para evitar a disseminação do vírus, a SMS publicou dois documentos, elaborados pelo comitê técnico operacional para o enfrentamento da monkeypox, com orientações para prevenção e controle da doença em escolas e em estabelecimentos de serviços.

O documento voltado às escolas, criado em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação (SME), traz medidas gerais de prevenção a serem seguidas pelas instituições de ensino, como intensificar a higienização de superfícies e objetos, especialmente os de uso comum, manter os ambientes bem arejados e ventilados, disponibilizar recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou pias com água e sabão para lavagem das mãos.

Na educação infantil, há recomendações específicas como separar as crianças em grupos ou turmas fixas, evitar que sejam realizadas trocas de participantes dos grupos, recomendar o uso de máscaras por todos os maiores de 2 anos de idade durante a permanência na unidade ou no transporte escolar, além de não compartilhar objetos sem higienização prévia ou objetos de cunho pessoal, como canetas, lápis, celulares entre outros.

Além disso, a orientação é que os profissionais de educação façam diariamente busca ativa (verificação do aparecimento de possíveis sintomas) de casos entre os alunos e que ao identificar um estudante com sinais e sintomas compatíveis com a doença acionem imediatamente pais ou responsáveis, e orientem que compareçam à escola levem a criança a uma unidade de saúde. Nesse ínterim, o aluno deve permanecer sob supervisão, com uso de máscara facial bem ajustada cobrindo a boca e o nariz, em local restrito, separado dos demais estudantes.

LEIA TAMBÉM: Monkeypox: o que é, cuidados e prevenção

Estabelecimentos de serviços

Nos estabelecimentos de serviços como restaurantes, supermercados, salões de beleza, academias, hotéis e motéis, as orientações passam pelo uso de máscaras faciais, higienização frequente de superfícies, disponibilização de recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou de pias com água e sabão para lavagem das mãos, além da manutenção dos ambientes ventilados e intensificação da limpeza e desinfecção das dependências, incluindo sanitários, vestiários, refeitórios, maçanetas, colchonetes, barras de apoio e corrimãos. Outras medidas importantes são evitar varrer ou espanar o chão e outras superfícies e não sacudir lençóis ou toalhas, para evitar a dispersão de microrganismos, além da proteção das maquininhas de pagamento.

Todas as pessoas que apresentarem sinais ou sintomas para a monkeypox, como lesões na pele associadas ou não a febre, ínguas, cansaço e dores de cabeça, musculares e nas costas, devem procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação e confirmação diagnóstica. Em casos confirmados, é recomendado que o paciente fique em isolamento por 21 dias ou até que as erupções cutâneas tenham desaparecido, ou seja, até que todas as crostas tenham caído e uma nova camada de pele intacta tenha se formado.

Após os 21 dias de isolamento, o indivíduo que teve seu diagnóstico confirmado deverá passar por nova avaliação médica para o retorno seguro às atividades.

Veja aqui o documento Monkeypox - Medidas sanitárias para prevenção e controle em instituições escolares.

Veja aqui o documento Monkeypox - Medidas sanitárias para prevenção e controle em estabelecimentos de prestação de serviços.