Setembro Amarelo alerta para a prevenção ao suicídio

Na capital, estrutura da rede de saúde conta com Núcleos de Prevenção à Violência, além de 101 Centros de Atenção Psicossocial que oferecem acolhimento, escuta qualificada e cuidado integral

Setembro é o mês de prevenção ao suicídio. Batizada de Setembro Amarelo, a campanha dedicada ao tema é realizada mundialmente desde 1995, com apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) e no Brasil desde 2014, liderada por organizações como a Associação Brasileira de Psiquiatria. Um dos objetivos é prevenir o sofrimento e reduzir o estigma relacionado ao tema.

A ocorrência do suicídio pode estar associada a vários fatores de risco, incluindo socioculturais, genéticos, ambientais ou mesmo filosóficos. A existência de um transtorno mental, especialmente não diagnosticado ou não tratado, no entanto, é considerada um importante fator de risco. Dessa forma, a escuta qualificada, informação e cuidado em saúde mental são importantes ferramentas de prevenção

Em 2006 o Ministério da Saúde publicou a portaria 1.876, que instituiu as diretrizes nacionais para prevenção do suicídio. Entre os principais objetivos estabelecidos destacam-se: 1. Desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida e de prevenção de danos; 2. Informar e sensibilizar a sociedade de que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido; 3. Fomentar e executar projetos estratégicos fundamentados em estudos de eficácia e qualidade, bem como em processos de organização da rede de atenção e intervenções nos casos de tentativas de suicídio.

A rede municipal possui, em todos os seus equipamentos, os Núcleos de Prevenção à Violência (NPVs), formado por uma equipe multidisciplinar que, quando identifica uma situação de violência ou de tentativa de violência, inclusive autoinfligida, articula o cuidado necessário por meio do acolhimento do indivíduo, da escuta profissional sem julgamento e construção de um vínculo terapêutico. Em casos que envolvem pessoas em situação de vulnerabilidade, é articulado um projeto terapêutico singular (PTS) com o objetivo de prevenir o suicídio, caso seja detectado esse risco.

Centros de Atenção Psicossocial

Na capital existem 101 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), nos quais os cidadãos que convivem com transtornos mentais graves e persistentes incluindo as necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas são acolhidos por equipes multiprofissionais compostas por terapeutas ocupacionais, enfermeiros, psicólogos e médicos psiquiatras.

Os Caps estão distribuídos em todas as regiões com o objetivo de garantir tratamento integral à população. Esses locais oferecem atendimento para crianças, adolescentes e adultos com diferentes necessidades na área da saúde mental, incluindo acolhimento em ocorrências de crises, intenso sofrimento psíquico e problemas por uso de substâncias.

Por se tratar de um serviço especializado em saúde mental, eles são organizados de modo a atender demandas e necessidades de cada usuário, por meio de um PTS, no qual a equipe em conjunto com o usuário desenvolve um plano de tratamento individualizado que envolve o diagnóstico dos transtornos e dos problemas a serem enfrentados e os recursos terapêuticos utilizados para melhor atingir as metas ao longo do processo de cuidado.

Os Caps funcionam em regime de porta aberta, ou seja, não há a necessidade de encaminhamento ou agendamento prévio. Eles são divididos em várias modalidades, de acordo com o público acolhido e os serviços oferecidos: Caps Infantojuvenis e Adultos, Caps III e IV, com funcionamento 24 horas, e Caps AD (Álcool e Drogas).

Veja o endereço de todos os equipamentos de saúde da capital no Busca Saúde.

Veja o endereço dos Centros de Atenção Psicossociais da capital.