Hepatite B pode ser transmitida pelo sangue e secreções contaminadas

Vacina contra a doença está disponível gratuitamente para todas as idades no calendário nacional de vacinação

A hepatite B é uma infecção viral que se desenvolve de modo silencioso, uma doença transmissível que prejudica o funcionamento do fígado e, ao longo do tempo, se não for tratada, lesiona consideravelmente os tecidos do órgão. Transmitida por meio de sangue e fluidos corporais, é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), uma vez que a transmissão mais comum é a sexual.

Além disso, a doença também pode ser passada de mãe para filho durante a gestação e no momento do parto. Neste caso, as chances de o bebê contrair a hepatite B chegam a 90% se a gestante não realizar o tratamento adequado e os cuidados com o recém-nascido.

Entre 2007 e 2022, o município de São Paulo registrou 18.618 casos de hepatite B. Uma vez que atinja o fígado e se torne crônica, a doença requer tratamento pelo resto da vida. Por isso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforça a importância da prevenção, por meio da vacina que está amplamente disponível nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A vacinação, associada ao uso de preservativo durante as relações sexuais, é a forma mais eficaz e segura de prevenir a doença.

Vale destacar que também não é indicado compartilhar objetos de uso pessoal, tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Mulheres grávidas devem fazer teste para evitar transmissão vertical

O diagnóstico da hepatite B pode ser feito por meio de exames, realizados nas UBSs, no Serviço de Assistência Especializadas (SAE) ou Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que funcionam diariamente.

É fundamental que mulheres grávidas ou com intenção de engravidar testem para prevenir a transmissão de mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão vertical.

O ideal é que os recém-nascidos recebam a primeira dose de preferência nas primeiras 12 horas de vida ou na primeira visita ao centro de saúde em até 30 dias. O esquema vacinal terá continuidade com a aplicação da vacina pentavalente em três doses, com intervalo de 60 dias entre elas.

O esquema de imunização para quem tem a partir de cinco anos de idade e não possui comprovação vacinal, incluindo adultos, é constituído por três doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 180 dias entre a primeira e a terceira dose.

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