Saúde celebra o Dia Mundial da Terapia Ocupacional nesta quinta-feira

Rede municipal conta com 622 terapeutas ocupacionais que atendem a população nos CERs, Caps, UBSs, Ceccos, Ursis e Hospitais Municipais

O Dia Mundial da Terapia Ocupacional, comemorado em 19 de janeiro, destaca a importância da atuação deste profissional no processo de habilitação e reabilitação de pessoas, cujo foco principal é a promoção da autonomia e independência nas atividades cotidianas. A TO também auxilia as famílias no planejamento e execução das atividades dos pacientes atendidos.

A Associação Americana de Terapia Ocupacional (AOTA) define a Terapia Ocupacional como uso terapêutico de atividades diárias (ocupações) em indivíduos ou grupos com o propósito de melhorar ou possibilitar a participação em papéis, hábitos e rotinas em diversos ambientes como casa, escola, local de trabalho, comunidade e outros lugares.

Para Nathália Monteiro de Oliveira, Terapeuta Ocupacional e assessora técnica da Área da Saúde da Pessoa com Deficiência da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) é extremamente importante contar com os terapeutas ocupacionais nos diferentes pontos de atenção à saúde do nosso município, uma vez que atuam com pessoas que não conseguem ou que estão com dificuldade para realizar as atividades de vida diária (AVDs).

“Ter estes profissionais na rede municipal de saúde garante aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) maior qualidade de vida, maior autonomia e independência para executar suas atividades e, consequentemente, maior inclusão na sociedade”, destaca a assessora.

Ciclos de vida

Ao longo da vida é possível que condições físicas, cognitivas, emocionais ou psíquicas resultem em dificuldades na realização de tarefas cotidianas como escovar os dentes, trocar de roupa ou até mesmo cozinhar. A TO é recomendada em qualquer ciclo de vida, podendo realizar o acompanhamento do desenvolvimento neuropsicomotor da criança, além de atuar na adolescência, fase adulta e junto a pessoas idosas.

Estes profissionais poderão adaptar os materiais e ambientes que a pessoa está inserida, favorecendo assim sua funcionalidade. Além disso, também poderão efetuar avaliação, prescrição e confecção de órteses, de cadeiras de rodas, adequação postural, assim como realizar o treino e acompanhamento dos pacientes nesses equipamentos.

No processo de reabilitação, a TO se utiliza de diversos recursos para atender diferentes faixas etárias e necessidades, considerando a singularidade de cada pessoa. Na infância este recurso se dá por meio do brincar, que faz parte do dia a dia infantil, de atendimentos individuais ou em grupos.

Nesta fase, a TO poderá estimular o interesse pelos brinquedos e a interação com outras crianças. Já para os adultos, leva-se em consideração quais as vontades da pessoa, as tarefas que ela gosta de fazer, o que deseja voltar a desempenhar, ou, ainda, aquilo que tem vontade de aprender.

Nos idosos, quadros de síndromes demenciais podem comprometer a capacidade de desempenhar pequenas tarefas cotidianas, levando à perda da qualidade de vida com o passar dos anos. Para estes pacientes, os terapeutas ocupacionais utilizam a estimulação cognitiva para trabalhar e reabilitar novamente as funções. Em casos de doenças crônicas estes profissionais irão auxiliar na adaptação das atividades cotidianas, com foco na conservação de energia, diminuição da dor, entre outros.

Terapia Ocupacional na capital

Na capital, a Terapia Ocupacional é encontrada nos Centros Especializados em Reabilitação (CER), Centros de Atendimento Psicossocial (Caps), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Centros de Convivência e Cooperativa (Ceccos), Unidades de Referência à Saúde do Idoso (Ursis) e Hospitais Municipais. Vale lembrar que a porta de entrada da rede municipal de saúde são as 470 UBSs.

Os endereços de todos os equipamentos podem ser consultados por meio da plataforma Busca Saúde.