Dia Mundial do Câncer alerta para a conscientização sobre a doença

Instituto Nacional de Câncer estima mais de 700 mil novos casos da doença no Brasil por ano até 2025

O Dia Mundial do Câncer, lembrado no dia 4 de fevereiro, é uma iniciativa voltada para a conscientização sobre esta doença que é a segunda causa de mortes no Brasil e no mundo, ficando atrás apenas de doenças cardiovasculares, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O câncer ocorre quando há uma proliferação anormal das células, que fogem parcial ou totalmente ao controle do organismo. O termo abrange mais de cem doenças que têm em comum este crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos vizinhos.

Os sintomas podem variar dependendo de onde o câncer está localizado, mas os sinais de alerta incluem:

• enjoos e vômitos frequentes;
• sangue na urina e/ou fezes;
• falta de apetite;
• fadiga;
• perda de peso inexplicável;
• febre recorrente;
• tosse crônica;
• pintas pelo corpo que mudam de cor, textura ou tamanho;
• dor persistente.

Os tratamentos variam conforme o quadro e local do câncer, sendo os principais a quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que são esperados 704 mil novos diagnósticos de câncer no Brasil por ano até 2025. O relatório ainda dá destaque para as regiões Sul e Sudeste do país, que concentram cerca de 70% da incidência de novos casos.

O câncer de próstata é o mais comum em homens, sendo estimados 72 mil novos casos a cada ano do próximo triênio (2023-2025), ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Já o tipo mais incidente nas mulheres é o câncer de mama, também depois do não melanoma, com estimativa de 74 mil novos casos por ano até 2025. Entre as neoplasias que mais causam mortalidade entre os homens estão o câncer de pulmão, de próstata e colorretal; entre as mulheres, os de mama, de pulmão e colorretal.

Fatores de risco e prevenção

Os fatores de risco modificáveis para o câncer estão relacionados, principalmente, aos hábitos e estilo de vida das pessoas. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é maior em pessoas que fumam, bem como a exposição prolongada ao sol sem proteção pode levar ao câncer de pele.

Alguns vírus também estão associados ao surgimento do câncer, como:

• vírus linfotrópico da célula T humana tipo 1 (HTLV-1), associado ao surgimento da leucemia;
• papilomavírus humano (HPV), associado ao câncer no colo do útero;
• hepatite C, associado ao câncer de fígado.

A prevenção do câncer consiste em grande parte na mudança de diversos hábitos que contribuem para o seu surgimento, incluindo evitar a exposição aos fatores de risco da doença e a adoção de um estilo de vida mais saudável. Além disso, é indicado ter o costume de realizar exames de rotina, uma vez que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e sobrevida, e sempre que possível conversar com o médico para investigar possíveis causas do câncer e sanar dúvidas sobre a doença.

No município de São Paulo, o diagnóstico de câncer pode ser feito em todos os equipamentos de saúde, começando pelas unidades básicas de saúde (UBS), Hospitais Dia (HD) e hospitais municipais, com encaminhamento para diagnóstico final e tratamento nos centros oncológicos que integram a Rede de Oncologia do Município de São Paulo. Estão sob gestão municipal o Hospital A.C. Camargo, o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), o Hospital Municipal Vila Santa Catarina Dr. Gilson de C. Marques de Carvalho, o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc) e o Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci). Sob gestão estadual estão instituições como o Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho (ICAVC), Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Hospital Pérola Byington, Hospital Brigadeiro, Hospital Santa Marcelina, Hospital Heliópolis e o Hospital Mandaqui. 

Centro Oncológico Bruno Covas
Em maio de 2022 foi entregue o Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, no Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho – Vila Santa Catarina, na região sudeste.

A unidade é gerenciada pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que já é responsável pela gestão do hospital. A estrutura física do centro oncológico é composta por 115 leitos de internação clínica e cirurgia oncológica, 40 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além de 23 consultórios.

Para oferecer o melhor serviço de medicina diagnóstica, o centro dispõe de dois equipamentos de tomografia, um de ressonância magnética, sete salas de intervenção por ultrassom, uma sala de histeroscopia, uma de cistoscopia, duas salas para endoscopia, colonoscopia e broncoscopia, entre outros espaços e equipamentos para exames.

Direitos assegurados
Vale destacar que os pacientes com câncer têm vários direitos assegurados por leis específicas, tais como: saque do FGTS, saque do PIS/Pasep, Auxílio-Doença, Amparo Assistencial ao Idoso e ao Deficiente (Loas), entre outros. Para a lista completa acesse a página de perguntas frequentes sobre direitos sociais da pessoa com câncer, no site do Inca.