A primeira fase do estudo epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para avaliar a eventual correlação entre possíveis casos relatados de tireoidite de Hashimoto e a poluição ambiental causada pelo Polo Petroquímico de Capuava (PPC), concluída em 28 de janeiro, entrevistou 3.703 pessoas nos bairros de São Rafael, São Mateus e Sapopemba, na zona leste da capital.

Ao todo, 687 munícipes, o que corresponde a 18,5% da amostragem, apresentaram três ou mais sintomas prováveis para a doença e receberam guias de encaminhamento e orientação para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de referência, para avaliação médica e realização de exames até esta semana. Equipes das UBSs dos territórios realizarão ações de busca ativa até o fim desta semana para a chamada dos convocados que não comparecerem dentro do prazo.

A seleção das áreas de atuação da pesquisa foi feita por sorteio, no perímetro das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs) Leste e Sudeste, e incluiu bairros sem exposição aos poluentes do PPC, utilizados como base comparativa e chamados de grupos de controle.

Equipes de saúde coordenadas pela Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental (Dvisam), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), questionaram aos moradores sobre a ocorrência de doenças na tireoide e/ou endocrinológicas, a apresentação de sintomas como dor de garganta, rouquidão, ganho de peso e queda de cabelo.

Na terceira e última etapa, com encerramento previsto para o mês de abril, a SMS concluirá a análise comparativa entre as áreas supostamente afetadas e os grupos de controle e, se necessário, promoverá ações a serem definidas conforme os indicadores da pesquisa. Cabe ressaltar que o estudo também servirá de referência para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada na Câmara Municipal de São Paulo em 2022, que trata da poluição no Polo Petroquímico.

Os mapas de abrangência e outras informações sobre o estudo podem ser verificados clicando aqui.